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Bélgica distingue activista Rafael Marques por contributo à sociedade civil

O governo belga distinguiu esta Quarta-feira o activista angolano Rafael Marques de Morais, entre outras personalidades, em reconhecimento pelos serviços prestados a Angola, enquanto membro da sociedade civil, anunciou o embaixador belga, Jozef Smets.

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A condecoração, atribuída pelo rei Filipe da Bélgica, foi entregue pela ministra dos Negócios Estrangeiros belga, Hadja Lahbib, que iniciou na Terça-feira uma visita oficial a Angola.

O activista e jornalista, fundador do site Maka Angola, afirmou-se surpreendido com a distinção, que considerou "uma honra e uma responsabilidade em fazer melhor por Angola".

"Foi uma surpresa agradável, penso que é uma forma de apoio e solidariedade para com a sociedade civil em Angola, para que cresça e possa fazer o seu trabalho com independência", frisou.

A ministra belga esteve na manhã desta Quarta-feira reunida com o seu homólogo, Téte António, com quem passou em revista aspectos das relações bilaterais e cooperação e foi recebida em audiência pelo Presidente, João Lourenço.

Segundo a agência de notícia angolana Angop, a ministra dos Negócios Estrangeiros, dos Assuntos Europeus e do Comércio Externo e das Instituições Culturais da Bélgica manifestou a João Lourenço o interesse em cooperar com Angola no sector de energias renováveis.

Congratulou-se também com a convergência de pontos de vista sobre o conflito na Ucrânia, apoiando as declarações recentes de João Lourenço, que defendeu um cessar-fogo unilateral da parte da Rússia.

Num discurso esta Quarta-feira na Embaixada da Bélgica em Luanda, Hadja Lahbib, abordou o objectivo de "prosseguir e intensificar" a relação com o país africano em várias áreas, incluindo no domínio dos diamantes.

Saudou ainda a diplomacia activa de Angola na região dos Grandes Lagos, designadamente o Roteiro de Luanda para restabelecer o diálogo entre o Ruanda e a República Democrática do Congo, salientando que também a União Europeia está a definir uma estratégia que contribua para a estabilização naquela região.

Convidou igualmente o seu homólogo a visitar Bruxelas, convite prontamente aceite pelo diplomata angolano.

Angola e Bélgica mantêm relações político-diplomáticas desde 1979 e estão presentes em sectores-chave da economia como as minas e os diamantes, transportes (com parcerias a nível portuário) e a desminagem.

Nas consultas públicas realizadas esta Quarta-feira pelas duas delegações técnicas, foi revisto o progresso dos procedimentos para a conclusão de vários acordos bilaterais nos mais variados domínios, incluindo transportes e justiça e a eventual organização da Comissão Mista.

Foram discutidas perspectivas de cooperação multilateral, nomeadamente nos domínios ambiental e climático, assim como analisados os recentes desenvolvimentos na região dos Grandes Lagos e na Europa.

Os ministros expressaram igualmente preocupação relativamente à situação de violência prevalecente contra as populações no leste da República Democrática do Congo "e registaram com satisfação o empenho de Angola no seio das organizações regionais no sentido de reforçar a paz e a estabilidade na região, incluindo na República Centro-Africana", segundo uma nota do ministério das Relações Exteriores.

Os ministros abordaram igualmente a guerra na Ucrânia, "tendo expressado a sua preocupação com a situação humanitária e o sofrimento humano causado por esta guerra, cujos efeitos negativos são igualmente sentidos em todo o mundo".

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