O documento ora rubricado visa facilitar o comércio entre Angola e Namíbia, assim como combater o branqueamento de capitais. Além disso, segundo refere a Angop, o referido memorando vem também actualizar um outro que já existia em assuntos referentes à actividade de ambos os bancos centrais.
O documento foi assinado, do lado de Angola, por José de Lima Massano, governador do Banco Nacional de Angola (BNA), e, do lado namibiano, por Johanes Gawaxab, governador do Banco da Namíbia.
Na ocasião, Lima Massano disse que entenderam "dar um passo maior", não se querendo "apenas o numerário", ou seja a troca do kwanza por dólar namibiano, mas também possuírem "instrumentos de pagamentos mais modernos".
"O que entendemos é dar um passo maior, não se quer apenas o numerário, a troca do kwanza pelo dólar namibiano, mas termos instrumentos de pagamentos mais modernos, incluindo os cartões de débitos da rede multicaixa e também permitir que as transacções comerciais como recursos a cartas de crédito possam acontecer na moeda dos dois países", disse o governador do BNA, citada pelo Angop.
Lima Massano disse igualmente que o trajecto que está a ser executado é "um caminho tecnicamente mais exigente" porque querem "as infra-estruturas de pagamento a funcionar e a dialogar, permitindo que as transacções possam ocorrer de forma célere, com segurança".
"A decisão que tomamos foi termos o kwanza como moeda do sistema de pagamento da nossa região. Iniciaremos com a Namíbia, mas a nossa intenção é termos o kwanza como uma moeda de pagamentos na nossa região", acrescentou, citado pela Angop.
Relativamente à intenção de se criar uma moeda única para a região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), o governador considerou tratar-se de um percurso que levará o seu tempo, "mas enquanto isso, a região tem um sistema de pagamento que, neste momento, tem uma moeda – rand, e a pretensão é ter outras moedas dos países que compõem a região e o kwanza quer ser uma dessas moedas. O processo já iniciou, tão logo tenhamos", escreve a Angop.
Falando também na ocasião, Johanes Gawaxab, governador do Banco da Namíbia, disse que o memorando foca naquilo que é a facilitação do comércio e fluxos ilícitos de capitais. "Temos a questão dos fluxos ilícitos de capitais, estão a ser constituídos grupos de trabalho, para ajustar as matérias em relação à facilitação e aos fluxos ilícitos de capitais", acrescentou o responsável, citado pela Angop.
