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Engenheira cria aplicação que ajuda pessoas com deficiência a usarem qualquer dispositivo electrónico

A engenheira Patrícia Aline Porfírio Silvestre criou uma aplicação que ajuda pessoas com deficiência a usarem dispositivos electrónicos. Com o projecto ainda em desenvolvimento, a engenheira considera que este irá “melhorar a vida das pessoas com deficiência” no país.

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Utilizando este software, pessoas com deficiências – como por exemplo invisuais – vão ter a possibilidade de usarem qualquer computador ou dispositivo electrónico por via de comando de voz.

O programa "vai melhorar a vida das pessoas com deficiência", disse a criadora, em declarações ao Jornal de Angola.

No entanto, a engenheira não se quis alongar muito sobre o projecto, uma vez que "continua a aprimorar a ideia, com o projecto em desenvolvimento".

Contudo, este não é o primeiro software que desenvolve: no seu currículo consta ainda a criação de uma aplicação que detecta plágios. Este projecto foi desenvolvido enquanto era professora num colégio em Luanda.

O interesse pelo mundo da engenharia nasceu por influência do seu pai. Patrícia Silvestre tentou formar-se em Engenharia de Minas, tal como o pai, mas não conseguiu uma vaga na Faculdade de Engenharia da Universidade Agostinho Neto, escreve o Jornal de Angola.

Com o curso médio de Química concluído e seduzida pelo universo da tecnologia informática, a engenheira decidiu formar-se em Engenharia Informática: passou primeiro pela Universidade Lusíada de Angola, tendo posteriormente, pedido transferência para a Universidade Católica de Angola.

De acordo com a engenheira, citada pelo Jornal de Angola, as ideias para desenvolver soluções tecnológicas começaram ainda antes de ter terminado o curso médio de Química. E foi assim que a ideia para o desenvolvimento de uma aplicação que ajudasse pessoas com deficiência apareceu.

Sobre o seu primeiro emprego, como professora num colégio de Luanda, Patrícia disse que incentivou os seus alunos a usarem a Internet como fonte de pesquisa e não para apenas copiar e colar informação. E assim surgiu a criação de uma ferramenta que detectasse plágio.

A aplicação era usada apenas por Patrícia com as suas turmas: "Fui ingénua. Pensei só em mim, nas minhas necessidades, e deixei de lado os meus colegas", reconheceu Patrícia Silvestre, indicando que guarda a aplicação até aos dias de hoje.

Em 2009 deixou o colégio porque conseguiu entrar no Instituto Nacional de Estatística.

Além disso, também enveredou no mundo do empreendedorismo, tendo criado, há seis anos, com o seu marido uma empresa dedicada a eventos e tecnologias de wardware e software que produz programas, sites, entre outros.

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