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Ministra das Finanças rejeita excesso de euforia com subida do preço do petróleo

Vera Daves rejeitou que esteja a haver “excesso de euforia” com a subida do preço do petróleo, sublinhando que a gestão de tesouraria continua a ser “desafiante” e ainda não assegura despesas a três meses.

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Em entrevista à Radio Nacional de Angola, a ministra sublinhou que, apesar da subida do preço do petróleo, que estava a tocar os 100 dólares na Terça-feira, não deve haver "excesso de euforia" pois é necessário ir reconstituindo as reservas de tesouraria para obter maior folga.

"Todos os meses (a gestão de tesouraria) é um exercício desafiante para assegurar que temos os recursos financeiros necessários para fazer face às despesas do mês e queremos chegar a um momento em que temos reserva para três meses de despesa, ainda não foi possível. Mas queremos – e tomara que seja possível – que com esse preço a durar esse tipo de reserva possa ser constituída", destacou.

Afirmou que a performance das receitas do sector petrolífero está a ser melhor do que a esperada, mas "infelizmente" a não petrolífera está aquém do que se esperava "eventualmente por que é início do ano", sugeriu.

"Só é possível ter reservas interessantes, se as duas receitas - a petrolífera e a não petrolífera – tiverem uma boa performance", já que é necessário materializar um conjunto de pressupostos para que efetivamente existam excedentes, sublinhou a ministra das Finanças.

"Ainda não nos sentimos folgados na gestão de tesouraria, mas havendo uma performance da receita não petrolífera melhor do que a que temos tido até agora, em Janeiro e parte de Fevereiro, pode ser que essa folga surja e os dois efeitos da receita petrolífera e não petrolífera tragam então esses excedentes", pelo que "é cedo" para pensar em rever o Orçamento Geral do Estado.

"Ainda não temos reserva capaz de assegurar três meses de salário da função publica. Falar em revisão nesse cenário é utópico", vincou a responsável com a tutela das Finanças.

O OGE para 2022 tem como referência o preço médio do barril de petróleo nos 59 dólares e uma produção média diária de 1 147 910 barris.

Projeta uma aceleração da economia com uma taxa de crescimento de 2,4 por cento, sustentada em perspectivas de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) não petrolífero e do PIB petrolífero de 3,1 e 1,6 por cento, respectivamente.

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