Estas seis escolas, que funcionam em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Macau, seguem os planos e os programas dos ensinos básico e secundário em vigor no sistema educativo português.
Tuteladas pelo Estado português, as Escolas Portuguesas no Estrangeiro (EPE) seguem o calendário escolar português, mas não o actual, alterado devido à covid-19.
Fonte oficial do Ministério da Educação português disse à agência Lusa que as medidas adoptadas em Portugal para "inverter o crescimento acelerado da pandemia" não são aplicadas às EPE.
"Estas escolas, face à especificidade de cada realidade onde estão inseridas, à evolução da pandemia no território local e às regras emanadas pelas autoridades governativas e de saúde do respectivo país, vão accionando e implementando os seus planos de contingência e planos de ensino à distância", prossegue o esclarecimento solicitado pela agência Lusa.
Apenas os exames terão de ser realizados por todos os alunos, "independentemente da sua localização".
Em relação à restante calendarização, esta "deverá ajustar-se à realidade destas escolas, considerando outros fatores sempre tidos em conta com as especificidades locais, como são exemplo os dias feriados".
Em Portugal, o calendário escolar foi alterado devido à pausa lectiva que ocorreu entre o final de janeiro e princípios de março para inverter o crescimento acelerado da pandemia de covid-19.
Os 11 dias de pausa foram redistribuídos entre as férias do Carnaval e da Páscoa, mas também com mais cinco dias no final do ano lectivo.
As escolas portuguesas no estrangeiro foram criadas no âmbito do aprofundamento das relações de amizade e de cooperação, no domínio da Educação, através da assinatura de protocolos de cooperação bilateral entre o Estado português e Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Timor-Leste e RAE Macau.
Estes estabelecimentos educativos públicos, onde lecionam cerca de 500 professores, são frequentados por perto de 6000 alunos das mais diversas nacionalidades.