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Comércio

Compras de Portugal a Angola caíram 63 por cento no ano passado

As compras de Portugal a Angola caíram para menos de metade no ano passado, registando uma quebra de 63 por cento, para menos de 400 milhões de euros, enquanto as exportações evidenciaram uma queda de quase 30 por cento.

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De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) português compilados para a Lusa, as importações de Angola passaram de mil milhões de euros, em 2019, para 389 milhões, no ano passado, o que revela uma quebra de 63 por cento.

Em conjunto com a descida das exportações portuguesas para Angola, que caíram de 1,2 mil milhões para 871 milhões de euros entre 2019 e 2020, uma descida de quase 30 por cento, o saldo da balança comercial quase triplicou, aumentando de 163 milhões para 482 milhões de euros.

Em ano de pandemia e de forte abrandamento da actividade económica e da procura internacional por petróleo, de que Angola depende para equilibrar as contas públicas, as trocas comerciais entre Portugal e os países lusófonos africanos revelam um cenário misto, com aumento das exportações apenas para Cabo Verde (6 por cento) e São Tomé e Príncipe (3 por cento), ainda que com valores muito menores do que os registados com Angola, o principal parceiro comercial português em África.

Em sentido inverso, as importações de produtos africanos para Portugal conheceram um forte aumento na Guiné Equatorial (94 por cento), Guiné-Bissau (136 por cento) e São Tomé e Príncipe (356 por cento).

Relativamente ao saldo da balança comercial, esta continua a ser favorável a Portugal no relacionamento com todos os países lusófonos africanos à excepção da Guiné Equatorial, com quem Portugal registou, em 2020, um saldo negativo de 336 milhões de euros, que representa um agravamento de mais de 100 por cento face aos valores de 2019.

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