O anúncio, publicado no Jornal de Angola, dá conta da intenção de renovar a destituição dos dois administradores com justa causa, invocando "incapacidade por impedimento e por falta de idoneidade".
No caso de Carlos São Vicente, detido desde Detembro em Luanda por suspeitas de corrupção, junta-se igualmente a impossibilidade física aos fundamentos de renovar a decisão tomada na assembleia-geral extraordinária de 28 de Dezembro de 2020.
A destituição de Carlos São Vicente e do filho surgiu na sequência de uma investigação que envolve uma conta bancária do empresário na Suíça, entretanto congelada, com cerca de 900 milhões de dólares. Ivo São Vicente foi também constituído arguido.
O Banco Standard anunciou a 11 de Setembro que está interessado em adquirir a posição de Carlos São Vicente na operação financeira de Angola, que está nas mãos do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE).
Os 49 por cento que Carlos São Vicente detinha, através da AAA Activos, passaram para o IGAPE após terem sido formalizadas as acusações na justiça.
O aumento da participação accionista para a totalidade dos activos detidos por estrangeiros não era possível quando o banco abriu a filial em Angola, em 2010, mas desde então esta regra foi abolida para algumas indústrias, entre as quais a financeira.
A operação em Angola é uma das seis que mais contribui para os lucros operacionais do Standard Bank no continente africano, onde está em 20 países.
Na assembleia geral vai ser também deliberada a renovação da eleição dos administradores não executivos Patrício Vilar, também presidente do IGAPE, e de Silvano Araújo, vogal do Fundo de Garantia de Crédito.
Caso não se verifique o quórum necessário para que a assembleia-geral delibere sobre os pontos elencados na ordem de trabalhos, os accionistas são convocados para o dia 14 de Abril.