Num e-mail, enviado a Fernanda Samuel, a organização do prémio disse ter ficado impressionada "em saber do seu trabalho com o projecto Otchiva e muito orgulhosos" por ela ser uma das finalistas regionais do UNEP Young Champion of the Earth. Por essa razão, "o Conselho do Earthshot do PNUMA decidiu indicá-la como candidata ao Prémio Earthshot".
No e-mail, citado pelo jornal Opaís, o PNUMA refere ainda que a paixão de Fernanda Samuel é "absolutamente contagiante". A organização também assegurou a Fernanda Samuel que, mesmo que não vença o prémio, o seu trabalho será divulgado nas redes sociais do PNUMA.
O trabalho da ambientalista tem vindo a ser notado: em Maio do ano passado, a angolana foi distinguida pela União Africana na Serra Leoa e em Julho de 2020 foi uma das finalistas regionais para o prémio 'Jovens Campeões da Terra'.
Fernanda Samuel tem trabalhado na preservação e reflorestação de mangais. O projecto teve início em Benguela, tendo sido realizadas acções nas cidades do Lobito, Bengo, Soyo, N'Zeto e Luanda. Contudo, a ambientalista quer alargar o projecto às províncias do Namibe, Cuanza Sul e Cabinda.
O 'Earthshot Prize', lançado no ano passado, vai distinguir cinco pessoas diferentes. Os vencedores receberão um milhão de libras para ajudar a enfrentar alguns dos maiores desafios ambientais que o mundo atravessa.
O prémio é uma iniciativa do Príncipe William e é considerado com um dos mais prestigiados galardões ambientais. Atribuído anualmente, o 'Earthshot Prize' quer fomentar as mudanças ambientais, contribuindo para a recuperação do planeta na próxima década.