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Alunos de escola primária de Luanda desmaiam devido a gás lacrimogéneo que seria para manifestantes

Alunos da escola primária 1042, em Luanda, desmaiaram esta Quarta-feira devido à inalação de gás lacrimogéneo lançado pela polícia para dispersar manifestantes que protestavam contra posse do novo presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

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"Na hora em que a gente estava a trabalhar, não sei o que se passou lá fora, foram lançadas para a escola duas bombas de gás lacrimogéneo e com isso ficamos todos tóxicos, eu mesmo estava a lacrimejar e a nível das crianças também tivemos consequências, algumas desmaiaram", afirmou aos jornalistas o professor Venâncio Lucongo, manifestando-se "indignado com a situação".  

A escola primária está localizada no bairro Zamba 2, distrito urbano da Maianga, perto da qual foram dispersados manifestantes que tentavam protestar junto do parlamento contra a posse do juiz Manuel Pereira da Silva "Manico" como presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Jovens manifestantes, sobretudo afetos à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), foram impedidos "sob carga policial" de apresentarem o seu "descontentamento" face à indicação do novo presidente da CNE.

Segundo o professor, para quem a atitude da polícia "é reprovável", o Ministério do Interior, órgão que tutela o efectivo policial, "deve medir as consequências" porque o que se passou na instituição de ensino "é grave”.

"Precisámos de uma equipa médica para avaliar o estado das crianças, porque as coisas podem-se alarmar, e os pais e encarregados de educação não estão felizes. Isso é triste porque os policiais devem proteger os cidadãos e não ao contrário", adiantou o também psicólogo.

Um forte cordão policial marca presença em todo o perímetro do parlamento, onde foi empossado esta Quarta-feira o novo presidente da CNE, apesar da contestação de partidos na oposição e sociedade civil, que apontam "várias irregularidades".

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