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Luanda Leaks: ZAP com actividade “normal” e “sem constrangimentos financeiros”

A ZAP, operadora de televisão pertencente à empresária Isabel dos Santos, actualmente com as participações sociais e contas bancárias congeladas em Angola e Portugal, mantém uma actividade normal e “sem constrangimentos financeiros”, assegurou fonte da empresa.

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A operadora de televisão por satélite, que resulta de uma parceria entre Isabel dos Santos, que detém 70 por cento, e a NOS, com 30 por cento, é uma das empresas controladas pela filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, incluídas no arresto preventivo decretado, em Dezembro, pelo tribunal de Luanda, a pedido do Estado.

A decisão do tribunal implicou o arresto de contas e participações sociais de Isabel dos Santos em várias empresas angolanas, algumas das quais mais vulneráveis, depois do congelamento das contas bancárias da principal accionista. É o caso da cervejeira Sodiba, que assumiu publicamente que o seu plano de negócios pode estar comprometido e só tem recursos para funcionar até Março.

No caso da ZAP, a actividade continua a desenrolar-se “com toda a normalidade”, segundo uma fonte contactada pela Lusa. “A ZAP não tem sentido constrangimentos financeiros de qualquer natureza", disse a mesma fonte, segundo a qual a operação é sustentável” e a operadora “tem recursos que a tornam autónoma dos acionistas e da banca”.

A empresa, adiantou, tem estado a “desenvolver trabalho” junto de fornecedores, clientes e outros ‘stakeholders’ para minimizar o impacto do “ruído mediático".

A agência Lusa questionou também o grupo Condis, que detém os hipermercados Candando (com 90 por cento do capital pertencente a Isabel dos Santos e 7 por cento ao seu marido, Sindika Dokolo) e a operadora de telecomunicações Unitel (onde a empresária detém uma participação de 25 por cento) sobre as consequências do congelamento das contas da filha de José Eduardo dos Santos para as respetivas empresas, sem obter resposta em tempo útil.

Na lista do tribunal, constam também participações de Isabel dos Santos no BIC (25 por cento), Banco de Fomento Angola (51 por cento, através da Unitel), bem como da empresária e de Sindika Dokolo na cimenteira Cimangola.

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