Fontes europeias afirmaram à agência Lusa que, na reunião desta manhã da conferência de presidentes do Parlamento Europeu, foi aprovada a realização de um “ponto da situação da luta contra o branqueamento de capitais na UE a luz das revelações do ‘Luanda Leaks’”.
O debate decorre na Quarta-feira ao final do dia e deverá durar cerca de hora e meia, precisaram as mesmas fontes.
Esta semana, as bancadas parlamentares europeias dos Verdes e da Esquerda Unitária (GUE/NGL) pediram um debate sobre este caso para a próxima sessão plenária da assembleia europeia, que decorre na cidade francesa de Estrasburgo entre Segunda-feira e Quinta-feira.
Estes pedidos tiveram ‘luz verde’, com algumas alterações, na conferência de presidentes do Parlamento Europeu, contando com o apoio da maioria das famílias políticas ali representadas, incluindo as duas maiores, a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D) e o Partido Popular Europeu (PPE).
Decidido ficou, então, que não será adoptada uma resolução – isto é, uma tomada de posição do Parlamento Europeu – apenas uma discussão entre os eurodeputados.
À semelhança do que acontece normalmente nos debates realizados em plenário, este contará com declarações iniciais do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, que ainda não se pronunciaram sobre os ‘Luanda Leaks’, adiantaram as fontes europeias à Lusa.
Inicialmente, os Verdes europeus e o GUE/NGL pediram um debate centrado no caso dos ‘Luanda Leaks’, mas o título e o conteúdo da discussão geraram algumas apreensão no S&D e no PPE, razão pela qual ficou decidido avançar com uma apreciação mais geral sobre o branqueamento de capitais na UE, cabendo aos eurodeputados que intervierem abordar este caso em específico.