"Os desenvolvimentos recentes no caso Luanda Leaks sugerem que a implementação dos padrões da EITI pode ajudar Angola a lidar com os persistentes desafios de governação no seu sector extractivo", disse Helen Clark, numa declaração enviada à Lusa.
Lembrando que a opacidade na indústria petrolífera em Angola foi precisamente uma das razões para a criação da EITI, há 20 anos, a responsável salientou que já 52 países que aderiram a esta iniciativa, mas lamentou que "Angola nunca foi um dos membros".
"Através de reformas de governação e adesão aos princípios da EITI, Angola podia garantir que os recursos dão um contributo maior para os desafios de desenvolvimento do país", vincou a responsável.
A EITI é uma organização com sede em Oslo, na Noruega, que garante um conjunto de informação relativamente ao processo de extracção, distribuição e comercialização dos recursos naturais, através da adesão voluntária dos países.
"A adesão aos princípios da EITI requer a divulgação dos detentores das empresas extractivas, incluindo as pessoas politicamente expostas, e também requer a gestão transparente das empresas públicas e das receitas provenientes desta indústria", acrescenta-se na nota enviada à Lusa.