Num comunicado de imprensa, a que a agência Lusa teve acesso, a OMS, que reafirma o apoio activo aos países na coordenação dos seus esforços de preparação, listou ainda estes 13 países pelo elevado volume de viagens para a China.
Segundo a OMS, já foram destacados efectivos adicionais para sete dos 13 países, prevendo-se até ao final da semana, o destacamento completo de todas as equipas em todos os países.
A OMS está a enviar equipamentos essenciais para a realização de rastreios e a gestão de casos suspeitos nos aeroportos e pontos de entrada.
A nota realça que, apesar de os países de prioridade máxima representarem o principal campo de acção da OMS, a organização das Nações Unidas vai apoiar todos os países na região africana a prepararem-se para o novo coronavírus.
"A OMS está a colaborar com parceiros para reforçar o nível de preparação em determinadas áreas, incluindo no que diz respeito à sensibilização das comunidades e ao aumento das capacidades de tratamento, caso seja necessário", indica a organização.
Na região africana, os países de prioridade máxima são, além de Angola, a África do Sul, Argélia, Costa do Marfim, Etiópia, Gana, Ilhas Maurícias, Nigéria, Quénia, República Democrática do Congo, Tanzânia, Uganda e Zâmbia.
A organização refere ainda que muitos países estão a tirar partido do conhecimento que adquiriram durante uma pandemia de gripe para se prepararem, uma vez que o coronavírus causa doenças semelhantes à gripe.
Aliado a este facto, sublinha a nota, a experiência dos países na prevenção e combate ao surto de ébola registado, em 2018, na República Democrática do Congo, levaram ao aumento da capacidade de vigilância e à gestão de casos de infecção.
O Governo anunciou, na Quinta-feira, que impôs a obrigatoriedade de quarentena para todos os passageiros provenientes da China e tem atualmente sob observação 40 cidadãos que regressaram em voos nos últimos dias.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, a quarentena aplica-se a cidadãos angolanos, chineses ou de outras nacionalidades que cheguem a partir da China ou que tenham estado em contacto com pessoas afectadas, visando prevenir o contágio com o coronavírus, que já provocou 563 mortos na China.
"Já temos um hospital referência da Barra do Kwanza, onde se encontram 40 cidadãos que chegaram nos voos há alguns dias", acrescentou o chefe da diplomacia.
Manuel Augusto assegurou que o Governo "está a cumprir as normas internacionais", e a criar condições para preservar a saúde pública, admitindo que "as medidas não são simpáticas" e "podem perturbar a actividade económica", porque há "parceiros e trabalhadores que podem estar abrangidos por essa necessidade de quarentena".