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ANPG e parceiros do Bloco 14 apostam em aumento de produção

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e os parceiros do Bloco 14 – a Chevron, a Sonangol, a Angola Block 14 B.V, a ENI e a Galp – assinaram esta Quinta-feira um memorando de entendimento que visa a redemarcação da área de desenvolvimento deste bloco. Este memorando vai “permitir aumentar o campo de actuação do bloco já em operação”.

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O acordo prevê a produção de 51 milhões de barris de petróleo até 2028, somando 400 milhões de dólares às receitas do Estado.

A ANPG, em comunicado enviado ao VerAngola, refere que este memorando pretende "incluir as áreas do Kuito", Benguela, Belize, Lobito e Tomboco numa única área de desenvolvimento denominada Tombwa-Lândana, passando a existir uma única área de operação.

O acordo, adianta o comunicado, "vai permitir aumentar o campo de actuação do Bloco já em operação".

Na cerimónia de assinatura do documento, o presidente da ANPG, Paulino Jerónimo, aplaudiu o rápido entendimento entre os envolvidos e afirmou que este trabalho "torna possível a concretização" dos "objectivos relativamente à dinamização do sector petrolífero nacional e à obtenção de resultados concretos a médio prazo".

"A ANPG, enquanto concessionária nacional, sente, com estas iniciativas, que se estão a cumprir os desígnios traçados para o sector, com a coordenação do Ministério dos Recursos Minerais e dos Petróleos e com a colaboração activa das entidades privadas – o que é, obviamente de assinalar, porque já está a dar bons frutos", completou.

Na mesma linha de pensamento, o director-geral da Chevron Angola, Derek Magness, afirmou que este documento "representa um passo significativo para a revitalização da exploração e produção petrolífera no Bloco 14".

Diamantino de Azevedo, Ministro dos Recursos Minerais e dos Petróleos, sublinhou "a importância da extensão das áreas de produção. Por um lado, porque são investimentos seguros e com retorno garantido, por outro, porque configuram o estreitamento das relações dos investidores e dos parceiros que sempre acreditaram e estiveram presentes no sector petrolífero em Angola e do seu compromisso com os objectivos do Governo nesta área de actividade, que continua a ser de primordial importância para o desenvolvimento da economia e do bem-estar social".

Em declarações à agência Lusa, o director-geral da Galp, Diogo Martins, disse que este acordo significa para o Bloco 14 o aumento da sua capacidade e competitividade da produção e de novos projectos que vão gerar um incremento de cerca de 50 milhões de barris, estimados em 370 milhões de euros.

A Galp, com uma participação de 9 por cento no Bloco 14, está também presente nos Blocos 32 e Bianzi, nos quais conta com vários projectos, cada um deles de desenvolvimento de produção.

“Existem várias iniciativas de maior investimento que vão trazer, a médio prazo, mais produção para os três blocos”, disse Diogo Martins, salientando que os investimentos são recorrentes.

Além do incremento da produção com impacto positivo para os resultados económicos de Angola, descreveu o presidente da ANPG, vai ser feito um investimento adicional no bloco na ordem dos 600 milhões de dólares.

O responsável sublinhou que este acordo se enquadra na estratégia do executivo, que visa atenuar o declínio acentuado da produção petrolífera, bem como a geração de mais postos de trabalhos.

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