O porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, Hermenegildo de Brito, disse à Lusa que foram "recolhidos uma dezena de indivíduos que tentavam manifestar-se [junto à Assembleia Nacional] e não estavam autorizados para tal", desrespeitando a legislação do país.
Além de um forte aparato policial junto da Assembleia Nacional, onde terá lugar a investidura de Manuel Pereira da Silva e se esperava a realização do protesto, a polícia de Luanda destacou agentes para as proximidades do viaduto da Samba 2, onde se concentraram os activistas.
Segundo Hermenegildo de Brito, no local encontravam-se cerca de 50 a 60 jovens que a polícia dispersou para conter "uma possível manifestação" não autorizada e para manutenção da ordem pública.
Cerca de dez activistas foram "recolhidos no sentido de serem ouvidos e catalogados e posteriormente dispensados", disse o mesmo responsável, afirmando não se tratar de detenções.
Hermenegildo de Brito adiantou que as manifestações em dias de semana só são permitidas a partir das 19h00 e têm de ser dadas a conhecer ao Governo Provincial de Luanda e ao Comando Provincial de Luanda, o que não aconteceu neste caso.
O protesto foi convocado pela Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA), o braço juvenil da UNITA e pela Juventude de Renovação Social (JURS), afiliada ao Partido de Renovação Social.
O recém-eleito presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva, toma posse esta quarta-feira sob contestação, incluindo da UNITA, maior partido da oposição, bem como de organizações da sociedade civil.