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Rede de transportes urbanos de Luanda aquém das necessidades dos munícipes

O Governo assumiu esta Quinta-feira que a província de Luanda tem uma rede de transportes urbanos "ainda muito aquém das suas necessidades", sobretudo do ponto de vista da "frota disponível e dos sistemas complementares" de mobilidade urbana.

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O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, que discursava esta Quinta-feira na abertura da 1.ª Conferência Internacional sobre Mobilidade, referiu que também outras cidades "já vivem desafios desta natureza".

Luanda conta com mais de sete milhões de habitantes e com registos diários de reclamações dos munícipes, sobretudo pela carência de transportes públicos e "débil condição" das vias secundárias e terciárias para desafogar o trânsito automóvel, de pessoas e bens.

"Isto exige de todos nós um esforço de reflexão conjunta, para que possamos delinear de forma participativa soluções sustentáveis para o futuro das nossas cidades e suas populações", disse.

Para o governante, o desafio da correta abordagem da mobilidade "não pode ser visto numa lógica exclusivamente governamental", defendendo a participação de todos os actores para, em conjunto, "conduzir a bom porto a estratégia de mobilidade".

"Identificar Desafios, Procurar Soluções" é o lema da conferência que congrega esta Quinta-feira, em Luanda, especialistas nacionais e estrangeiros com o intuito de "gerar soluções e promover estratégias de racionalização e sustentabilidade" da rede de mobilidade.

Ricardo de Abreu referiu que o Governo "está ciente" que a temática da mobilidade urbana "é incontornável para o desenvolvimento do país", situação que levou o executivo a criar, entre outros, o Plano Estratégico Nacional de Acessibilidades, Mobilidade e Transportes.

"Um documento que traça as linhas mestras a seguir e os objectivos a atingir, no que diz respeito à rede de estradas e autoestradas nacionais, ao sistema de ferrovias e à instalação de uma rede logística nos principais corredores para o desenvolvimento nacional", realçou.

O ministro dos Transportes admitiu que a mobilidade urbana se traduz numa das "grandes preocupações e inquietações" da maior parte das pessoas, afirmando que, nesse domínio, o país enfrenta "desafios resultantes da tendência do seu crescimento demográfico".

O êxodo das populações rurais para os espaços urbanos, observou, cria também desafios no ordenamento e na adequação da oferta de serviços de transportes colectivos.

De acordo com o governante, o desafio da mobilidade urbana passa pela "capacidade de um correto planeamento e ordenamento dos espaços urbanos, muitas vezes em antecipação aos fenómenos de mobilidade populacional".

A criação de uma plataforma potencializadora de sinergias que convirjam para um "modelo de mobilidade mais sustentável" através de intervenções que remetam "perspectivas progressistas" é também um dos propósitos desta conferência.

"A Mobilidade Enquanto Motor de Desenvolvimento Humano e Crescimento Económico", "Planeamento Urbano: o Caminho para a Mobilidade Sustentável" e "Problemática da Mobilidade Urbana de Luanda" são alguns dos temas em discussão no encontro.

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