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Moody's diz que preço actual do petróleo antevê défice orçamental melhor que o previsto

A agência de notação financeira Moody's considerou que o défice orçamental de Angola pode ser melhor que os 2,9 por cento previstos pelo Governo porque o petróleo está mais caro que o estimado pelo executivo.

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"O último plano económico do Governo prevê uma ambiciosa consolidação orçamental", escrevem os peritos da Moody's na análise que acompanha a colocação do rating do país.

"Com os preços do petróleo bem acima dos 50 dólares por barril previstos pelo executivo e a desvalorização do kwanza a aumentar as receitas petrolíferas em moeda local, o resultado de 2018 pode ser mais favorável que o défice de 2,9 por cento do PIB previsto actualmente pelo Governo", vincam os analistas.

Ainda assim, acrescentam, "o Governo enfrenta o desafio de conter a subida sustentada da dívida, dada a expectativa da Moody's de que o kwanza ainda se vai depreciar mais".

A Moody's prevê também que a dívida pública suba para mais de 70 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano.

O aumento da dívida pública deveu-se essencialmente "à depreciação do kwanza face ao dólar e ao apoio financeiro dado às empresas públicas no ano passado", o que faz com que a Moody's estime que a dívida pública tenha chegado aos 74 mil milhões de dólares, cerca de 66 por cento do PIB, no final do ano passado.

Isto, "juntamente com o ajustamento cambial em curso e com a eliminação de cinco mil milhões de dólares em atrasos a fornecedores, [faz com que] o rácio da dívida deva ultrapassar os 70 por cento no final deste trimestre".

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