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António Ole, Binelde Hyrcan e Délio Jasse representam Angola na Bienal de Veneza

A mais importante bienal internacional de arte contemporânea está de regresso a Veneza para a sua 56.ª edição. Desde 2013 que o Ministério de Cultura de Angola assegura a representação nacional neste evento, marcado pela elevada qualidade das propostas apresentadas, tendo em conta as práticas desenvolvidas no âmbito do meio artístico contemporâneo. Esta linha de acção tem vindo a traduzir-se em resultados excelentes junto do público e da crítica especializada, o que se concretizou na atribuição do Leão de Ouro em 2013.

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A próxima edição da Bienal, que terá como tema “All the World's Futures” será dividida em secções/filtros e basear-se-á nos pontos fortes enumerados pelo seu curador geral Okwui Enwezor (Calabar, Nigéri). A 56.ª edição da exposição utilizará como filtro a trajectória histórica que a bienal tem percorrido nos seus 120 anos de vida, de forma a reflectir sobre o actual "estado das coisas" e sobre a "aparência das coisas".

A representação oficial de Angola terá lugar no Palazzo Pisani, em Campo Santo Stefano, de 9 de Maio a 22 de Novembro de 2015 e ficará a cargo dos artistas António Ole (Luanda, 1951), Binelde Hyrcan (Luanda, 1983), Délio Jasse (Luanda, 1980), Francisco Vidal (Lisboa, 1978) e Nelo Teixeira (Luanda, 1975), com curadoria de António Ole. Partindo de uma instalação central do artista António Ole a marcar o frente e verso da exposição, Francisco Vidal apresentará instalações constituídas de uma pele metálica de catanas, um símbolo da resistência angolana, como suporte de uma acção pictórica notável; Délio Jasse mostrará uma pesquisa em suporte fotográfico sobre a memória, sua sedimentação e as razões do esquecimento; Nelo Teixeira, prosseguirá um trabalho em que a madeira é a estrutura base e a incorporação do "object trouvé" acentuando narrativas paralelas; e finalmente, Binelde Hyrcan um artista muito ecléctico nas suas opções estéticas, apresentará vídeo e instalação da sua pesquisa mais recente, refere um comunicado remetido ao VerAngola.

Esta escolha permite a uma geração mais nova, mas com provas dadas e reconhecidas, seguindo o legado do artista António Ole, o acesso ao circuito da Bienal de Veneza, numa promoção do país, mas também, das possibilidades de sedimentação da sua presença internacional para assegurar o sucesso de um projecto que cumpre a exigência desta apresentação e o perfil de contemporaneidade da próxima representação.

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