Segundo uma nota divulgada esta Quinta-feira, em Luanda, o acordo que será assinado no Porto do Lobito, província de Benguela, acelerará o crescimento do comércio doméstico e transfronteiriço ao longo do corredor que atravessa os três países da África Austral.
O instrumento de cooperação deve igualmente "fortalecer a coordenação" das actividades conjuntas de desenvolvimento do corredor e promover a participação efectiva das pequenas e médias empresas em cadeias de valor.
O acordo permitirá ainda "o desenvolvimento de infra-estruturas de forma coordenada e coerente alinhada com o Tratado da SADC, protocolos e quadros de desenvolvimento tais como Plano Indicativo de Desenvolvimento Estratégico Regional 2020-2030", refere-se na nota.
O Corredor do Lobito apresenta uma rota estratégica alternativa para os mercados de exportação da Zâmbia e da RDCongo e oferece a rota mais curta entre as principais regiões mineiras destes dois países ao mar.
De acordo ainda com o comunicado, em Angola, o corredor liga 40 por cento da população do país e estão a decorrer "vários investimentos de grande envergadura" na agricultura e comércio nas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico.
Os ministros vão visitar os Caminhos-de-Ferro de Benguela e o Porto do Lobito, estando também prevista uma apresentação do Corredor do Lobito pela Atlantic Railway, consórcio formado pela Trafigura, Vecturis e Mota-Engil, responsável pela operação, exploração e manutenção do transporte ferroviário de mercadorias e logística, por um período de 30 anos, prorrogável por mais 50, caso opte por construir o ramal ferroviário Luacano (Moxico) – Jimbe (Zâmbia).
O Corredor do Lobito estende-se desde o Porto do Lobito, banhado pelo Oceano Atlântico, e atravessa Angola de Oeste a Este, passando pelas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico. Abrange as áreas de mineração da Província de Catanga, da RDCongo, e Copperbelt, da Zâmbia.
