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País regista progressos no combate à lepra e doenças tropicais negligenciadas

O país regista progressos no combate à lepra e às doenças tropicais negligenciadas, informou a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, ao falar, esta Segunda-feira, no acto Central do Dia Mundial da Lepra e das Doenças Tropicais Negligenciadas (DNTs).

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"Sendo as Doenças Tropicais Negligenciadas e a Lepra problema de saúde pública e do desenvolvimento das comunidades, comemoramos esta data para uma vez mais enfatizar a necessidade de tudo fazermos para tornar Angola num país livre das DTNs e da Lepra, o que implica o reforço imediato da nossa actuação, combatendo a negligência, para que possamos alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030", disse, na ocasião, a ministra, citada numa nota do Ministério da Saúde, a que o VerAngola teve acesso.

Segundo o comunicado da tutela, relativamente à lepra, o país encontra-se na fase de eliminação desta doença, "enquanto problema de saúde pública, registando uma taxa de detecção de dois casos por 100 mil habitantes e uma prevalência de menos de um caso por 10 mil habitantes".

Sublinhando que anualmente, a nível global, acontecem entre 400 a 500 mil novos casos de lepra, a ministra indicou que, no âmbito das políticas públicas, o ministério "tem despendido um esforço considerável no processo de planificação estratégica, com vista à expansão de intervenções inovadoras de prevenção, tratamento e reabilitação".

A titular da pasta da Saúde disse ainda que pretendem, a partir de 2023, alargar a "gestão de dados baseada no sistema de informação de saúde digital e a georreferenciação de pessoas com lepra".

Sílvia Lutucuta considerou que esta intervenção estratégica contribuirá para "monitorizar o progresso rumo a zero lepra": "Esta intervenção estratégica vai contribuir para podermos monitorizar o progresso rumo a zero lepra. Por outro lado, vai permitir a tomada de decisões programáticas sólidas e baseadas em evidências", assegurou, citada na nota.

A governante disse que também se registaram progressos relativamente às doenças tropicais negligenciadas.

"Estou a falar da elaboração do Plano Estratégico 2021/2025, onde se encontram identificadas as principais estratégias integradas e inovadoras para a redução da carga destas doenças na população, particularmente nas populações mais desfavorecidas", indicou.

A ministra salientou ainda que o combate às doenças se traduz numa oportunidade para diminuir a pobreza e gerar uma sociedade mais saudável e próspera para as gerações futuras. "Estas doenças causam, não só sofrimento e deficiência, mas também provocam consequências sobre a saúde socioeconómica dos indivíduos, famílias e comunidades", disse, citada pela Angop, acrescentado que as doenças impossibilitam as crianças de irem à escola e os adultos de trabalharem.

Já Teresa Nóbrega, representante da Mentor Initiative, citada pela Angop, reafirmou a ajuda para este ano relativamente ao apoio técnico ao programa nacional, às acções de administração em massa e oferta de medicamentos para oito províncias de Angola, acrescentando que, de acordo com as indicações da Organização Mundial de Saúde (OMS), contam igualmente ajudar, este ano, no tratamento de mais de seis milhões de pessoas com DNTs, com ênfase nas crianças.

Por sua vez, Djamila Cabral, representante da OMS, indicou, citada pela Angop, que as DNTs "são negligenciadas porque estão quase ausentes das agendas dos organismos da saúde, gozam de pouco financiamento e acabam sendo associadas ao estigma, descriminação e exclusão social".

De referir que o dia Mundial da Lepra e das Doenças Tropicais Negligenciadas teve como lema "Agir agora, agir juntos, investir no combate à lepra e as DTNs".

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