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Angola insiste em cessar-fogo na Ucrânia com MNE russo a culpar Kiev pelo conflito

O ministro das Relações Exteriores pediu esta Quarta-feira ao seu homólogo russo um cessar-fogo com a Ucrânia, enquanto Lavrov, que está em Luanda, lembrou a solidariedade de Moscovo a Angola e culpou a Ucrânia pelo conflito.

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Téte Antonio e Serguei Lavrov encabeçam as delegações dos dois países, que mantêm hoje o primeiro encontro bilateral enquadrado na visita do chefe da diplomacia russo ao país, inserida numa série de contactos com parceiros africanos.

Num discurso que antecedeu o encontro entre as duas delegações Téte António reafirmou o compromisso no fortalecimento e aperfeiçoamento nos laços de amizade e cooperação que unem os dois países, mas falou da ameaça que o conflito russo-ucarniano representa para a paz mundial e insistiu na procura de uma solução através do diálogo

"Teremos ainda oportunidade de continuar a abordar essa questão, tendo em conta a sua experiência estaremos muito atento a escutar a sua análise sobre este diferendo", disse Téte António a Serguei Lavrov, encorajando as autoridades russas a "dar uma chance para o resgate do estatuto e do prestígio do país, estabelecendo, como defendeu o Presidente angolano, um cessar-fogo definitivo que possa restabelecer um clima de paz mundial".

A Rússia foi um dos principais apoiantes do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder) na guerra civil angolana.

O ministro afirmou que a visita de Lavrov "é mais uma oportunidade para o reforço das relações entre os dois países" e aprofundar a cooperação nas áreas existente e identificar novas áreas como agricultura, agroindústria e indústria transformadora entre outros, lembrando que a prioridade do executivo é a diversificação da economia.

"Os dois países estão conectados por relações tradicionalmente amigáveis", o que constitui também uma garantia para um diálogo franco, de amigos tradicionais sobre as nossas relações e outras questões de interesse, sublinhou.

Enquanto discursava o ministro russo, os jornalistas que acompanhavam o encontro foram informados que teriam de abandonar a sala, uma situação que fez com que Lavrov questionasse a retirada da imprensa.

Segundo funcionários do Mirex, Téte António terá indicado que os jornalistas se poderiam manter na sala, mas o 'staff' da embaixada russa contrariou a orientação, pelo que todos os profissionais de comunicação acabaram mesmo por abandonar a sala onde decorre ainda o encontro bilateral, que deverá ser seguido por uma conferência de imprensa.

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