Além de Ana Dias Lourenço, assinalaram igualmente presença no evento, patrocinado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a ministra da Acção Social Família e Promoção da Mulher, Ana Paula Sacramento Neto, a ministra de Estado para a Acção Social, Dalva Ringote, bem como representantes da Associação das Companhias de Exploração e Produção de Angola (ACEPA), da Associação de Empresas Autóctones para Indústria Petrolífera de Angola (ASSEA) e da Associação das Empresas Contratadas da Indústria Petrolífera de Angola (AECIPA), entre outros, refere um comunicado remetido ao VerAngola.
"A rede Muhatu surgiu com a necessidade de equilibrar as oportunidades de género no sector, onde os dados preliminares, apontam que apenas 14 por cento de mulheres operam na indústria petrolífera. Relativamente ao empreendedorismo no sector, existem apenas 5 por cento de mulheres com participação maioritária no seu quadro societário e não mais de 13 por cento são proprietárias", lê-se no comunicado, que acrescenta que as mulheres "procuram formação e capacitação que lhes permita concorrer a mais oportunidades na carreira, em pé de igualdade com os seus pares masculinos, de forma que também elas tenham acesso a mais benefícios".
Assim, a Muhatu quer diminuir "esta disparidade impulsionando e dando exposição a mulheres que têm muitas vezes formação e capacidade para ascender a patamares de liderança no sector, mas que não tem a mesma oportunidade que os homens", acrescenta a nota.
Desse modo, o programa de mentoring é projectado no sentido de fornecer uma vasta "gama de oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal às mulheres que pretendem crescer no sector petrolífero", assim como "promover uma cultura de inclusão e engajamento, fomentar a igualdade e a equidade no ambiente de trabalho promovendo a partilha de experiências, a valorização e o reconhecimento das mulheres no sector".
Segundo o comunicado, a plataforma compromete-se a oferecer formação, assim como oportunidades de networking e mentoria que auxiliem as mulheres a estabelecer ligações "valiosas no sector e a ter acesso a mais recursos que as capacitem e que respondam às suas ambições".
O referido programa vai ser dado por "profissionais de excelência do sector", abordando matérias, como liderança e networking.
"Apesar do sector ser tradicionalmente dominado por homens, as empresas reconhecem cada vez mais a necessidade de aumentar a diversidade de género nas suas equipas", refere a nota.
Segundo a presidente da Comissão de Gestão da MEA, Natacha Massano, o programa visa "criar um ambiente de trabalho inclusivo" que possibilite que todos atinjam o seu total potencial.
"Nós acreditamos que a diversidade de género é uma vantagem competitiva, e estamos comprometidos em criar um ambiente de trabalho inclusivo que valorize todas as pessoas. Estamos a investir no empoderamento das mulheres e estamos orgulhosas de anunciar os nossos esforços contínuos para aumentar a representação feminina em todas as áreas do sector", indicou, citada no comunicado.
A responsável, acrescenta o comunicado, disse ainda acreditar que "a diversidade é fundamental para o sucesso das empresas e para o crescimento do sector petrolífero" no país.
"Estamos empenhadas em aumentar a presença das mulheres nas nossas equipas, desde a exploração até à produção e distribuição de petróleo. Fazemo-lo através de uma série de iniciativas e programas que visam incentivar as mulheres a ingressar e avançar com as suas carreiras no sector petrolífero", concluiu.
