"O nosso objectivo é até 2025 termos garantido pelo menos 77 por cento da energia produzida no país vir a ser produzida por fontes não poluentes", disse o chefe de Estado.
O Presidente da República informou igualmente que o país já produz cerca de 4.3 gigawatts de energia de fontes não poluentes.
"O país produz neste momento cerca de 4.3 gigawatts de energia de fontes não poluentes, estamos a construir uma grande barragem hidroeléctrica que vai adicionar a isso mais 2.3 gigawatts de energia hidroeléctrica e temos um programa de produção de mais 1.2 gigawatts de energia de parques solares", afirmou.
Assim, reiterou que o objectivo é, dentro de três anos, assegurar que pelo menos 77 por cento da energia produzida em Angola provém de fontes não poluentes. "O nosso objectivo é até 2025 termos garantido pelo menos 77 por cento da energia produzida no país vir a ser produzida por fontes não poluentes, portanto, vamos atingir, nessa altura, à volta de 7.5 gigawatts de energia produzida por fontes não poluentes", adiantou.
O chefe de Estado também salientou que o país se encontra a "dar os primeiros passos" no universo da produção de hidrogénio verde: "Estamos também a dar os primeiros passos no sentido de virmos a produzir energia a partir do hidrogénio verde".
"De igual forma estamos abertos também em introduzir no nosso país a produção de energia eólica", acrescentou.
Na sua intervenção, João Lourenço também referiu que Angola está igualmente a trabalhar na "transportação dessa energia para todos os cantos" do país. "Transportar e garantir as ligações domiciliares no sentido de que a população possa consumir essa energia que não é proveniente de fontes poluentes", completou.
Neste momento, segundo a Angop, o país já produz 76 por cento de energia com base em fontes não poluentes. Já a nível continental, África assume-se como continente menos poluente, uma vez que emite 25 por cento de gás com efeito de estufa.
A nível continental, o chefe de Estado clarificou que uma das metas do continente africano é atingir a industrialização "nas próximas décadas", porém advertiu que, embora exista essa meta, África não deve cometer os mesmos erros que os países actualmente industrializados cometeram.
"Devemos ter o cuidado de não alcançar esse objectivo da industrialização cometendo os mesmos erros que os actuais países industrializados cometeram, ou seja, queremos industrializar o nosso continente à custa sobretudo de energias limpas, energias renováveis", salientou.
Além de João Lourenço, o painel contou igualmente com a participação do presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema.
