Esta perda - de acordo com contas feitas pelo Expansão, baseadas em dados do Instituto Nacional das Comunicações - representa uma redução na ordem dos 45 por cento comparativamente aos cerca de 2,7 milhões de subscritores que a operadora possuía há cerca de três anos.
Na lista de motivos para a saída da Movicel consta a fraca qualidade dos serviços de voz e internet, justificando assim a migração para a Unitel.
Além do serviço, a crise também teve impacto na decisão dos clientes: vários cidadãos detinham cartões activos das duas operadoras, acabando por optar apenas por um.
Em declarações ao Expansão, António Gaspar explicou que "é difícil manter as duas operadoras, nestes tempos de aperto financeiro".
"Somos forçados a deixar a Movicel por ter menos qualidade", completou.
A Unitel tem vindo a solidificar a sua posição no mundo das telecomunicações: no fim do terceiro trimestre de 2021, cerca de nove em cada dez cidadãos que utilizam telemóvel eram clientes da Unitel. Comparativamente ao fim de 2019, a operadora sofreu um crescimento na ordem dos 9,6 por cento no que diz respeito ao número de clientes, que actualmente se fixa nos cerca de 13,3 milhões.