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Empresários do entretenimento e restauração admitem greve devido às limitações

Empresários do sector do entretenimento e restauração em Luanda admitem paralisar os trabalhos e avançarem para uma greve para contestar as limitações impostas pelas autoridades devido à covid-19, referindo que existem operadores que “não trabalham há dois anos”.

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A pretensão foi avançada pelo empresário do sector e DJ Cláudio Rodrigues, mais conhecido no universo do entretenimento como "DJ Malvado", referindo que existem a nível do sector "pessoas que estão sem exercer a actividade há mais de dois anos".

"DJ Malvado", que defendeu o diálogo com as autoridades, referiu que os empresários do ramo estão há muito tempo parados e questionou "porque é que a abertura de 100 por cento a nível das praças e táxis não é extensiva ao sector do entretenimento".

"Precisamos de trabalhar em condições, nós estamos há muito tempo parados, abrem as praças a 100 por cento, no táxi a lotação é 100 por cento e nós não? Não se pode fazer isso, nós asseguramos melhor as pessoas do que as praças e os táxis", afirmou, em declarações à Lusa.

A necessidade da paralisação dos serviços nos sectores da restauração e entretenimento, como último recurso, sobretudo em Luanda, foi abordada recentemente durante um encontro entre os promotores de eventos, DJ e demais realizadores de actividades culturais.

Estes dizem-se igualmente "abertos para dialogar e encontrar pontos de aproximação" com as autoridades.

O decreto presidencial n.º11/22 de 14 de Janeiro, sobre a situação de calamidade pública, que define medidas excepcionais e temporárias visando conter a propagação da covid-19, vigora até 13 de Fevereiro próximo.

Segundo o decreto, os restaurantes e similares devem funcionar apenas entre as 06h00 e as 22h00 para o atendimento local, take-away e serviços de entrega, a sua ocupação não deve exceder 75 por cento da sua capacidade, estando proibidos os serviços de self-service.

As autoridades mantêm a proibição do uso de pistas de dança nos restaurantes e similares, prevendo multas entre 350.000 kwanzas e 450.000 kwanzas em caso de incumprimento.

O decreto presidencial mantém interdito o funcionamento dos clubes de diversão noturna, mas permite espectáculos de música com carcáter não dançante até as 20h00, devendo para o efeito ser realizados em salas fechadas, com garantia de imunização completa ou teste negativo, limitação de até 50 por cento da capacidade do espaço e proibição de pistas de dança.

"Aceitamos e achamos que devemos ter postos de vacinação, se calhar um dia antes dos eventos, podemos participar nas campanhas de mobilização à vacinação, mas deixem-nos trabalhar", apelou "DJ Malvado".

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