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Defesa

Advogado de acusação confiante na condenação de bispos da IURD

O advogado David Mendes, que representa o ramo dissidente da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) mostrou-se confiante na condenação dos réus, que incluem responsáveis brasileiros da organização.

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David Mendes falava esta Quarta-feira à imprensa antes do início de mais uma sessão do julgamento, que arrancou no dia 18 de Novembro de 2021, tendo como arguidos o bispo brasileiro Honorilton Gonçalves, antigo responsável espiritual da IURD em Angola e Moçambique, o bispo angolano António Ferraz, o pastor brasileiro Fernandes Teixeira e o pastor angolano Belo Miguel.

Segundo o advogado, nas alegações finais vai fazer um resumo daquilo que são as suas convicções e daquilo que espera.

"Está mais do que claro que os crimes que réus vêm acusados de terem cometido estão provados" e "não estamos a ver outro caminho que não seja o da condenação", disse o causídico, em declarações à imprensa.

David Mendes frisou que faltam ser ouvidos mais alguns declarantes, que visam "tão somente consolidar a acusação". "Teremos a alegações finais, os quesitos e a sentença, está no fim [o julgamento]. Acho que, em menos de um mês, o tribunal decide", frisou.

Os arguidos estão indiciados dos crimes de associação criminosa e branqueamento de capitais.

Em Angola, a IURD está dividida em duas igrejas com o mesmo nome, sendo que ambas alegam ser as legítimas representantes da instituição religiosa fundada por Edir Macedo.

A ala brasileira é encabeçada pelo angolano, Alberto Segunda, enquanto a ala reformista angolana, é chefiada por Valente Bezerra Luís.

Em causa está a revolta de um grupo de bispos e pastores angolanos que em 2019 decidiu afastar da direção brasileira, alegando evasão de divisas, racismo, prática obrigatória de vasectomia, entre outras, todas recusadas pelos missionários da igreja criada pelo brasileiro Edir Macedo, que acusam também os angolanos de actos de xenofobia e agressões.

O caso ficou ainda marcado pela tomada à força de templos em todo o país pelos bispos angolanos, tendo a justiça angolana decretado o encerramento dos templos e convidado alguns demissionários a abandonarem o território nacional.

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