O coordenador também mencionou que, num curto período de tempo, Angola poderá suprir as importações de quatro bens, que integram a lista de 11 produtos catalogados para a Reserva Estratégica Alimentar: milho, massango, mandioca e sal.
"Para colmatar toda a pressão que a economia sofreu em 2020 e 2021, Angola tinha que ter um sistema interno produtivo capaz de abastecer 37 milhões de pessoas, mas infelizmente, o país está ainda em fase de construção deste sistema", conjecturou o responsável, em entrevista no programa Grande Entrevista da TPA e citado pela Angop.
Eduardo Machado perspectivou que assim que o mercado estabilize, deverão iniciar-se as aquisições de bens nacionais, como prioridade, apoiadas pelo facto de não se ter de recorrer à moeda estrangeira para adquirir bens bem como pelo incentivo do emprego e da actividade económica.
Destacou que assim, com este panorama, amplia-se a capacidade económica e promove-se o produtor nacional e a produção interna, mas também cresce o emprego, escreve a Angop.
O responsável aproveitou ainda para realçar, como exemplo, que existe uma reserva mínima de 18 mil toneladas de fuba de milho, considerando que esta irá ajudar a diminuir os encargos dos 11 produtos da cesta básica bem como completar os bens que já estão no mercado.
"Com este mecanismo o país pretende, de forma antecipada, criar bases com benefícios para poder regularizar o mercado, iniciando com a racionalização do circuito formar para regularizar os dois terços da economia informal do país", explicou, acrescentando que o mecanismo será um comprador assegurado da produção, permitindo aos produtores encontrar alternativas para escoar as suas produções.
O coordenador considerou ainda que se economia for sólida irá forçar os agentes informais a associarem-se à formalidade, com a reserva a assegurar o escoamento do excedente de produtos.