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Opinião A opinião de...

Como é que cada angolano pode consumir menos energia e realmente reduzir os gastos na sua factura?

Lourenço Lopes

Doutorando em Planejamento Energético pela Universidade de São Paulo. Mestre em Energia e Sustentabilidade pela Universidade Federal de Santa Catarina. Graduado em Engenharia de Energias pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira e desenvolvedor de práticas de laboratórios de energias renováveis, com predominância a solar e eólica. Faz parte do grupo de pesquisas em Energia e Sustentabilidade da Universidade Federal de Santa Catarina, actuando na área de políticas energéticas.

O consumo consciente de energia é um aspecto que deve ser levado em consideração quando o assunto é tarifação e sustentabilidade energética. Por isso, vários assuntos têm sido debatidos nos últimos anos com relação a eficiência energética, que é o consumo dos recursos energéticos de forma consciente, sem que, no entanto, o usuário se limite de suas necessidades de energéticas. Ou seja, representa aquela parcela de energia que não foi gasta e se transformou em economia.

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Um pormenor que aqui deve ser ressaltado é que, não importa quanto dinheiro o indivíduo tenha para pagar uma fatura de energia, existe uma relação interligada entre consumo energético e sustentabilidade energética, que nada mais é que a preocupação com a utilização dos recursos energéticos, não só para a nossa geração, mas para as futuras também.

O objectivo do presente artigo serve para mostrar exatamente como cada um de nós angolanos, podemos individualmente contribuir para a sustentabilidade energética em casa ou na empresa, aplicando as práticas de consumo energético consciente.

Essa jornada não é necessariamente dispendiosa do ponto de vista financeiro. Ao contrário, pode maximizar resultados, gerar lucros, além de ser muito gratificante.

Desse modo, as práticas que cada um de nós pode individualmente aplicar para consumir menos energia podem ser:

  •  Desligar um interruptor de lâmpada ao sair de uma sala de reunião. Essa prática reflecte uma atitude de consciência e respeito a si próprio, à empresa, à cidade e até mesmo com o planeta;
  • Em relação a ar condicionados, evitar o frio excessivo e o gasto desnecessário. A variação de um grau pode elevar em até 8% o consumo de energia. A temperatura considerada agradável para a maioria das pessoas é entre 22°C e 24°C. Ainda mais, quando o aparelho estiver ligado mantenha as portas e janelas bem fechadas para que o ar quente externo não entre e ao sair do ambiente por um tempo prolongado e não esqueça de desligar o aparelho;
  • Com relação a aparelhos elétricos e eletrónicos, desligar seu PC sempre que for se ausentar por mais de meia hora. Um computador ligado durante 1 hora/dia consome 5,0 kwh/mês. No decorrer de um ano, a economia gerada ao desligar o computador durante esta uma hora será de 60 kwh, equivalente a 18 quilos de CO2 (O mesmo que um carro a gasolina emite ao percorrer 120 km). Outra ideia brilhante seria configurar o computador para economizar energia;
  • No que se refere a iluminação, usar apenas o necessário. Isso envolve usar a iluminação natural, que não impacta e nem custa nada. E nunca deixar lâmpadas acesas em locais onde não são necessárias. A iluminação natural é para as pessoas. Onde não há pessoas, não precisa haver iluminação artificial. Substitua as lâmpadas incandescentes por lâmpadas LEDs ou fluorescentes. Afinal, lâmpadas LEDs de 6W são equivalentes à incandescentes de 40W, portanto tem baixa emissão de luz;
  • Com relação a geladeiras, não colocar nada quente dentro dela e abra o mínimo possível, evitando que o ar quente entre. Além disso, afaste mais a geladeira da parede (mais de 10 cm) e nunca coloque objetos para secar atrás dela;
  • Quanto a ferros de engomar e máquinas de lavar roupa, sempre usar com o máximo de capacidade ou com maior quantidade de peças possível, pois o contrário, usar para pequenas quantidades, significa um gasto muito maior de energia em longo prazo.

Por isso, conhecimento é a base para que isso possa acontecer e cada uma dessas práticas farão algumas diferenças em busca de um ambiente mais saudável e uma redução na factura de energia.

Opinião de
Lourenço Lopes

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