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Países da União Africana reúnem-se em cimeira a 6 e 7 de Fevereiro

Os trabalhos da assembleia anual da União Africana (UA) arrancam na próxima semana com a reunião dos representantes permanentes na organização e culminam com a cimeira de chefes de Estado e de Governo a 6 e 7 de Fevereiro.

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A abertura da 41.ª reunião do Comité de Representantes Permanentes decorre a 20 de Janeiro, este ano em formato virtual, sob o tema "Artes, Cultura e Património: Alavancas para a construção da África que queremos", segundo o departamento de comunicação da União Africana.

O comité irá discutir os relatórios anuais dos vários órgãos que compõem a organização, bem como analisar as agendas e projectos de resolução para a 38.ª reunião do conselho executivo (composto pelos ministros do Negócios Estrangeiros dos 55 Estados-membros), a 3 e 4 de Fevereiro, bem como da 34.ª assembleia-geral da UA, agendada para 6 e 7 de Fevereiro.

A organização ainda não divulgou pormenores sobre a forma como decorrerão as duas reuniões, mas é previsível que, devido à crise pandémica, decorram em formato virtual.

A União Africana integra 55 países, incluindo Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe, é dirigida por uma comissão e a sua presidência ocupada rotativamente pelos países pelo período de um ano.

A organização reúne-se anualmente em assembleia ordinária em Adis Abeba, na Etiópia, onde tem a sua sede.

A cimeira, que deverá centrar as discussões na crise provocada pela pandemia de covid-19 no continente, marcará a passagem da actual presidência da África do Sul para a República Democrática do Congo (RDCongo).

Durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo será também eleita a nova Comissão da União Africana para um mandato de quatro anos.

Entre os candidatos, está a engenheira agrónoma angolana Josefa Leonel Correia Sacko.

A diplomata e atual comissária da UA para a Agricultura e Economia Rural, a única representante lusófona na lista de 25 candidatos pré-qualificados, vai procurar a reeleição para a mesma pasta, que passará também a integrar a Economia Azul e o Ambiente.

De acordo com a lista final de candidatos pré-qualificados, a que a agência Lusa teve acesso, a candidata angolana é a mais bem avaliada entre os quatro candidatos a esta pasta, com uma pontuação de 81.65 por cento.

Os adversários de Sacko na corrida são representantes da Gâmbia, Uganda e Marrocos.

A nova comissão, a primeira a ser eleita após o processo de reforma da UA iniciado em 2016 sob supervisão do Presidente ruandês, Paul Kagamé, terá menos comissários e será eleita através de um novo sistema baseado no mérito.

A estrutura de liderança da União Africana será composta por oito membros, incluindo um presidente, um vice-presidente e seis comissários, menos dois lugares do que na anterior comissão.

Para a presidência da comissão, o actual Presidente e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Chade, Moussa Faki Mahamat, recandidata-se sem oposição, mas precisa de conseguir dois terços dos votos dos países para se manter no posto.

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