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Eleições gerais: oposição empenhada em coligação que mude o rumo da democracia 45 anos depois

A ideia não é nova. Já em Agosto do ano passado os partidos da oposição teriam convergido na hipótese de uma coligação como forma de retirar o controlo político do país ao MPLA, no poder desde 1975. Agora, e com as eleições gerais no horizonte, a ideia ganha cada vez mais força entre os partidos.

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Apesar de ainda não existir data marcada, João Lourenço assegurou as eleições para 2022. Desta forma, os partidos políticos que compõem a oposição demonstram cada vez mais a intenção de se unirem de forma a conseguirem uma vitórias nas eleições gerais. 

Como principal partido da oposição, a UNITA mostra-se disponível para ‘alinhar’ numa possível coligação. “Temos vindo a trabalhar para que essa coligação de partidos políticos seja uma realidade. Aliás, em vários países isso funcionou. A acontecer é uma boa ideia”, disse o deputado Ernesto Mulato ao Novo Jornal.

“Passados 45 anos da independência nacional, os angolanos ainda não sentiram os efeitos da liberdade. Por isso, a alternância, uma mudança nos actuais dirigentes, é seguramente bem-vinda”, acrescentou.

O dirigente referiu ainda que, se a ideia se concretizar, espera que os partidos saibam trabalhar em conjunto para o bem-estar dos angolanos, evitando conflitos.

Apesar de questionar a independência da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), a CASA-CE também se diz pronta para concretizar a ideia de uma coligação da oposição. “Seria a única via para desalojarmos o MPLA do poder”, referiu o deputado Manuel Fernandes ao mesmo jornal. 

Apesar de tudo, tendo já experiência em coligações, deixa o aviso: “É necessário analisarmos o perfil de cada partido político que poderá fazer parte da coligação, porque em algumas formações políticas os seus líderes são conflituosos”.

No que diz respeito ao PRS, Rui Malopa Miguel corroborou a posição do deputado da CASA-CE no que diz respeito à CNE. No entanto, o secretário-geral do partido é também a favor de uma possível coligação: “Uma coligação de partidos políticos é a grande opção para conseguir a alternância no poder em Angola. Mas o calcanhar de Aquiles está na CNE, onde tudo é alterado. No caso de uma plataforma política, a situação da CNE tem de ser bem analisada”.

Ao Novo Jornal, Rui Miguel afirma que existem bons líderes políticos da oposição que reúnem condições para liderar a coligação. “A coligação de partidos, tendo em vista as eleições gerais de 2022, é o sonho de todos os líderes de partidos políticos. O grande receio é o desentendimento na hora da decisão”, concluiu.

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