A angolana avançou esta Segunda-feira com uma acção contra o Banco de Portugal, tendo em conta a sua participação no EuroBic. De acordo com o jornal português Eco, a acção administrativa deu entrada no Tribunal Administrativo do Circuito de Lisboa.
Recorde-se que Isabel dos Santos detém uma participação de 42,5 por cento no EuroBic através de duas sociedades: a Santoro Financial (25 por cento) e a Finisantoro Holding (17,5 por cento). Tanto o banco como estas duas entidades foram identificadas como partes contra-interessadas no processo movido.
Esta acção surge após a empresária ter apresentado um processo cautelar contra o supervisor, em Outubro, com os mesmos contra-interessados. O mesmo jornal avança que a empresária questiona, através dessa acção cautelar, o processo administrativo adoptado para inibir os seus direitos de voto no banco.
Isabel dos Santos vê a sua participação no EuroBic arrestada pela justiça lusa desde Março, na sequência de uma investigação judicial iniciada em Angola por suspeitas de desvio de fundos e má gestão na Sonangol.
Na sequência destes acontecimentos, e após pressão do Banco de Portugal, a empresária terá aceite abdicar dos seus direitos de voto no banco, colocando a sua participação à venda.
Após uma negociação falhada com os espanhóis do Abanca, a empresária terá chegado a acordo com o líbio Roger Tamraz, de forma a alienar a sua participação no EuroBic. No entanto, para concretizar a compra, o empresário necessita de ter a maioria do capital do banco, não tendo ainda acordo com outros accionistas. O processo estará também condicionado pela autorização dos supervisores. Neste negócio, a posição de Isabel dos Santos terá sido avaliada em 142,8 milhões de dólares.