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Sonangol diz que reforço na Unitel visa “permitir a estabilização” da empresa

A Sonangol, que comprou a participação de 25 por cento que a brasileira Oi tinha na Unitel, afirmou que esta operação tem "como objectivo principal permitir a estabilização e a normalização" da actividade daquela empresa.

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A operadora brasileira Oi confirmou Sexta-feira a venda dos 25 por cento que detinha na Unitel à petrolífera Sonangol por 1000 milhões de dólares, divulgou a sua accionista Pharol.

"Esta aquisição pela Sonangol tem como objectivo principal permitir a estabilização e a normalização das actividades da Multitel e da Unitel, considerando, sobretudo, a importância estratégica desta última para Angola, na medida em que é a maior operadora de redes móveis no país, detendo uma quota de cerca de 80 por cento do mercado de comunicações móveis e de dados, e é um dos maiores empregadores privados do país", justifica a petrolífera, em comunicado divulgado.

"Nos últimos anos, a Unitel tem-se visto envolvida numa disputa accionista que tem impedido o investimento e desenvolvimento da empresa, conduzindo previsivelmente a uma deterioração da sua condição económica e financeira, caso não sejam criadas as condições que permitam alcançar um consenso acionista", refere a Sonangol, que com esta compra passa a controlar a empresa, com 50 por cento.

Com esta aquisição, “a Sonangol espera reunir condições para que a gestão da Unitel possa aprovar o plano de negócios da empresa, realizar os investimentos necessários e assegurar a estabilidade e a preservação dos postos de trabalho", salienta a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola.

A Oi detinha 25 por cento da Unitel através da PT Ventures. Esta última era titular de participações sociais em duas empresas de direito angolano, nomeadamente a Multitel - Serviços de Telecomunicações (40 por cento) e Unitel (25 por cento), detendo também direitos de crédito de dividendos declarados pela Unitel e já vencidos.

"A Sonangol informa ainda que a aquisição envolveu o pagamento de um montante inicial de 699 milhões de dólares e um pagamento diferido de 240 milhões de dólares", este último até final de Julho.

"Trata-se de um investimento bastante atractivo da Sonangol, porquanto a PT Ventures, além do seu valor de mercado ('equity value'), tem direito ao recebimento de aproximadamente 1100 milhões de dólares de dividendos declarados pela Unitel e já vencidos e, bem assim, de um conjunto de direitos indemnizatiórios decorrentes da decisão final proferida por um Tribunal Arbitral contra os demais acionistas da Unitel no valor aproximado de 350 milhões de dólares", refere a Sonangol.

A Sonangol passa, assim, a consolidar 50 por cento do capital social da empresa, "o que lhe confere, nos termos do acordo parassocial existente, o poder para nomear a maioria do Conselho de Administração e permitirá que um potencial desinvestimento, tal como previsto no programa de privatizações, seja efetuado em condições mais atrativas", concluiu.

A Unitel contava com quatro accionistas com partes iguais (25 por cento): PT Ventures (Oi), Sonangol, Vidatel (controlada por Isabel dos Santos) e a Geni (do general Leopoldino Fragoso do Nascimento).

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