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CaixaBank rejeita haver custo reputacional pela proximidade a Isabel dos Santos

O presidente executivo do CaixaBank rejeitou esta Sexta-feira em Valência, Espanha, a possibilidade de haver qualquer tipo de custo reputacional para o grupo dono do BPI pela proximidade a Isabel dos Santos.

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"Penso que não há nem deve haver qualquer custo reputacional", realçou Gonzalo Gortázar na conferência de imprensa em que apresentou os resultados de 2019 do grupo bancário.

O dirigente bancário recordou que o BPI tem 48,1 por cento do BFA (Banco de Fomento de Angola) que é controlado maioritariamente pela Unitel que tem 13 dos 15 administradores do banco angolano e que acaba de renovar a sua administração, assim como o seu presidente e presidente executivo.

A Unitel tem três accionistas: Sonangol (50 por cento), Vidatel (controlada por Isabel dos Santos, 25 por cento) e a Geni (do general Leopoldino Fragoso do Nascimento, 25 por cento).

Questionado pela agência Lusa, Gonzalo Gortázar disse que o grupo não tem qualquer interesse na aquisição dos 42,5 por cento que Isabel dos Santos detém no Eurobic, posição que a empresária vai vender, na sequência do processo 'Luanda Leaks'.

O grupo CaixaBank obteve lucros de 1.705 milhões de euros em 2019, uma diminuição de 14,1 por cento em relação a 2018, com a filial portuguesa (BPI) a contribuir com 332 milhões de euros para estes resultados, um aumento de 26,7 por cento em relação à transferência feita um ano antes que tinha sido de 262 milhões de euros.

O negócio bancário e segurador contribuiu com a maior parte do lucro do grupo espanhol, com 1.060 milhões, enquanto o BPI contribuiu com 332 milhões e as empresas participadas com 313 milhões (entre elas 46 milhões de dividendos do BFA).

Gonzalo Gortázar também fez uma referência aos resultados de 2019 apresentados na Quinta-feira em Luanda pelo BFA.

"Trata-se de um banco magnífico que foi desenvolvido no passado pelo BPI, mas que continua a apresentar bons resultados e a ser líder em Angola", disse o presidente executivo do CaixaBank, acrescentando ter "confiança" em como o novo conselho de administração e as alterações decididas "nos últimos dias" vão permitir continuar o bom trabalho.

O BFA anunciou um resultado líquido positivo de 344,5 milhões de dólares em 2019, uma quebra de 51,5 por cento face ao ano anterior.

O banco angolano "continua a ser um investimento rentável, onde queremos diminuir a nossa participação, como já foi anunciado, mas sem nenhum horizonte temporal", concluiu Gonzalo Gortázar.

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