Segundo um documento a que a Quartz teve acesso, Isabel dos Santos terá recorrido à Sonoran Policy Group no dia 13 de Dezembro de 2019. O contacto foi feito um dia depois de o consórcio lhe ter dado conhecimento pela primeira vez sobre as investigações do caso 'Luanda Leaks.
Ao saber que o seu império estava a ser investigado, a empresária terá recorrido à empresa norte-americana, assinando dois contratos no valor de dois milhões de dólares. Apesar da formulação "vaga" dos documentos, sabe-se que estaria incluída a marcação de reuniões periódicas nos EUA, bem como um "aconselhamento e colocação de informação nos media".
Num dos contratos, disponibilizado pelo Quartz, não consta o nome de Isabel dos Santos, mas sim a assinatura de Mário Leite da Silva - ex-PCA do BFA - considerado o braço direito da empresária, e de Robert Stryk, conselheiro não oficial da campanha eleitoral de Donald Trump.
Nesse mesmo documento, consta que a empresa norte-americana foi contratada pela empresa Terra Peregrin, que tem sede em Lisboa. Empresa essa que o caso 'Luanda Leaks' associa à Wise Intelligence Solutions - a empresa de Isabel dos Santos em Malta.
Segundo o site OpenSecrets, desde 2017, a Sonoran Policy Group já recebeu cerca de 10 milhões de dólares só em serviços prestados a governos estrangeiros, entre os quais a Arábia Saudita, Bahrain e República Democrática do Congo.