"Não precisamos que a Sonangol nos envie o relatório de auditoria, nós vamos ao encontro, mas se, por exemplo, fizer e nós tivermos acesso, vamos avaliar se essa auditoria correspondeu aos pressupostos técnicos e legais, mas nós vamos ao próprio órgão fazer auditoria", afirmou o inspector-geral adjunto, Eduardo Semente, questionado pela Lusa.
Em relação a um período específico para autoria à petrolífera estatal, o responsável da IGAE falou sobre um plano anual de fiscalização e inspecção, adiantando: “A qualquer momento lá iremos".
O inspector-geral adjunto falava, esta Terça-feira, em Luanda, à margem de uma palestra alusiva ao 28.º aniversário da IGAE, assinalado a 17 de Janeiro.
A auditoria pedida pela Sonangol à gestão de Isabel dos Santos já está concluída e os dados foram enviados para a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola e IGAE indicou, na Segunda-feira, fonte da petrolífera.
A consultora internacional foi contratada em Fevereiro de 2018 para verificar as contas da filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, que presidiu ao conselho de administração da petrolífera entre Junho de 2016 e Novembro de 2017, até ser exonerada pelo Presidente da República, João Lourenço.
"A auditoria está concluída e os resultados foram submetidos às entidades competentes", entre as quais os ministério das Finanças e dos Recursos Mineiras e Petróleo, além da IGAE e da PGR, adiantou a mesma fonte, escusando-se a revelar as conclusões.
A Sonangol trabalha actualmente com um total de cerca de 50 consultores distribuídos por várias equipas.
A empresa está a implementar um Programa de Regeneração que visa recolocar o foco nas actividades petrolíferas: prospecção, pesquisa e produção de petróleo bruto e gás natural, refinação, liquefação de gás natural, transporte, armazenagem, distribuição e comercialização de produtos derivados.
A KPMG foi escolhida em Fevereiro de 2018 para auditar as contas da Sonangol, depois de preterida a consultora PriceWaterhouseCoopers (PwC), escolhida pela anterior administração.