As informações foram avançadas na Terça-feira durante uma visita técnica a Malembo, nas proximidades de Cabinda, onde a refinaria será construída, na qual estiveram presentes o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, e o Governador de Cabinda, Marcos Nhunga, bem como representantes da Gemcorp e da Sonaref, subsidiária da Sonangol para a área refinação.
Segundo o ministro, foi necessário subdividir a construção em três fases, devido ao atraso que sofreu o projecto, prevendo-se a conclusão da primeira fase em 2021, altura em que deverão começar a ser produzidos 30 mil barris por dia (gasóleo e gasolina), metade da produção prevista. Na segunda e terceira fases, vão ser processados outros 30 mil barris.
No total, o projecto deverá gerar a criação de 2000 postos de trabalho na primeira fase, mais 1500 nas fases seguintes, directos e indirectos.
Inicialmente, a construção foi adjudicada ao consórcio United Shine, mas a Sonangol anunciou ter rescindido o contrato alegando “incumprimento das acções acordadas” e “não garantia” de financiamento, entre outros aspectos.
Em Outubro, a Sonangol assinou um memorando de entendimento com a Gemcorp, um grupo de gestão de fundos de investimento sediado em Londres, que foi um dos maiores financiadores de Angola nos últimos anos do ex-presidente José Eduardo dos Santos e tem sido apontado pela imprensa como estando envolvido num esquema de financiamento que lesou o Estado em milhões de dólares.
É também na província de Cabinda, onde se concentra a maior parte da produção petrolífera nacional, que o ministério dos Recursos Minerais e Petróleo (MIREMPET) realiza esta Quinta-feira o seu IV Conselho Consultivo.
Em análise vão estar temas como a competitividade, transparência e eficiência no subsector dos recursos minerais e no sector dos petróleos, debatidos por cerca de 250 participantes, incluindo responsáveis e técnicos do ministério e dos serviços tutelados, bem como operadores privados internacionais e outros especialistas.