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Recapitalização do Banco de Poupança e Crédito inferior à apurada pelo BNA

O presidente do Banco de Poupança e Crédito disse que está em preparação um plano de recapitalização para atender às exigências do Banco Nacional de Angola (BNA), estimando que as necessidades de capital sejam inferiores às apuradas pelo regulador.

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O banco central angolano concluiu após um exercício de avaliação da qualidade dos activos (AQA), que incidiu sobre 13 bancos a operar no país, representando 92,8 por cento do total de activos, que o sistema bancário nacional é "globalmente robusto", mas apontou necessidades de recapitalização ao Banco de Poupança e Crédito (BPC) e ao Banco Económico (BE).

O BPC tem por accionistas o Estado, representado pelo Ministério das Finanças (75 por cento), Instituto Nacional de Segurança Social (15 por cento) e a Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (10 por cento).

Em declarações à Lusa, à margem da assinatura de um acordo de adesão ao Projecto de Apoio ao Crédito, António André Lopes reconheceu "as insuficiências de capital" do banco público, mas lembrou que a análise do BNA se reporta a 31 de Dezembro de 2018, tendo acontecido após essa data "alguns eventos que irão seguramente reduzir as necessidades identificadas" no AQA.

Além da actividade que o banco desenvolveu ao longo do ano, contribuíram para esta redução, a capitalização de 100 mil milhões de kwanzas feita pelo Estado e o saneamento da carteira de crédito.

A Recredit é a empresa estatal que vai adquirir o crédito malparado do BPC, que ronda os 950 mil milhões de kwanzas, adiantou o responsável bancário, indicando que "todos estes eventos vão contribuir para a recapitalização".

A administração do banco está actualmente a concluir o plano de reestruturação e recapitalização do banco que irá ser aprovado "em breve" pelos accionistas, disse ainda, sem revelar quais os valores necessários para o "relançamento" do BPC.

António André Lopes afirmou também aos jornalistas que o banco tem estado a realizar uma campanha de recuperação de crédito "com efeitos positivos", mas "nem todos (...) estão disponíveis para regularizar os seus compromissos" pelo que o BPC irá avançar com providências cautelares contra alguns dos devedores.

O BE, também visado nas necessidades de recapitalização do AQA, já tinha anunciado na Segunda-feira, que está a preparar um aumento de capital, que deverá ser realizado no primeiro semestre de 2020 para cumprir as recomendações do BNA.

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