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"Esperança”, “repatriamento” e “mudança” lideram escolhas para Palavra do Ano

"Esperança", "repatriamento" e "mudança" lideram as escolhas para a "Palavra do Ano", cuja escolha será conhecida a 30 de Janeiro, contando com cerca de 3000 votos, anunciou a Plural Editores, que organiza a iniciativa.

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Na corrida estão ainda as palavras "resgate", "justiça", "autarquias", "melhorar", "câmbio", "investimento" e "cidadania", por ordem dos votos entrados em www.palavradoano.co.ao.

A "Palavra do Ano" de 2018, em Angola, será conhecida numa cerimónia a realizar em Luanda.

Relativamente à escolha das palavras para fazerem parte da lista de elegíveis, a mesma fonte disse que "esperança" foi uma das selecionadas, pois "a esperança acompanha desde sempre o povo angolano, que hoje a deposita na melhoria das condições do país". 

Quanto a "repatriamento", recordou a editora, prende-se com a aprovação, este ano, pelo parlamento angolano, da proposta de lei de repatriamento de capitais, visando a recuperação parcial do património de origem nacional existente no estrangeiro.

"Mudança", palavra que já figurava no ano passado na lista e ficou em segundo lugar, justifica-se, pois "é inegável que o país tem atravessado uma fase de mudança, desde a tomada de posse do novo Presidente da República [João Lourenço], em Setembro de 2017".

Quanto aos outros vocábulos a concurso, "autarquias", justifica-se pela esperada instalação "das autarquias locais, com a consequente descentralização administrativa", que "venha a impulsionar o desenvolvimento económico e social", segundo comunicado da editora angolana do Grupo Porto Editora.

O termo "câmbio" foi escolhido pela entrada em vigor, em janeiro deste ano, do novo regime cambial. "A moeda nacional [angolana, o Kwanza] tem sofrido uma acentuada desvalorização". 

"Cidadania" faz parte da lista face ao "crescente respeito pela liberdade de expressão", "um sinal positivo para o reforço da cidadania", segundo a Plural.

"Atrair investimento, em especial o estrangeiro, tem sido uma prioridade para o Governo [de Luanda], que vem procurando o apoio de parceiros internacionais para o desenvolvimento de diferentes projetos", e daí a escolha da palavra "investimento".

Quanto a "justiça", justifica a editora angolana a escolha com "a campanha de combate à corrupção e ao nepotismo" que "tem levado à justiça vários ex-governantes e altos dirigentes" de Angola. 

"A frase 'melhorar o que está bem e corrigir o que está mal' tem sido um lema para o executivo e para o Presidente [de Angola João Lourenço] ao longo do ano", daí a escolha do termo "melhorar" para poder ser eleito "Palavra do Ano" em Angola.

Finalmente, sobre "resgate", "é o nome da operação policial que pôs milhares de agentes nas ruas para combater a imigração ilegal e travar a venda ambulante desordenada, entre outros propósitos".

O vocábulo "exoneração" foi a "Palavra do Ano" de 2017, em Angola, tendo recolhido 40 por cento dos votos. No ano passado, segundo a Plural Editores, participaram cerca de 2500 cibernautas e, à palavra "exoneração", seguiram-se "mudança", que obteve 21 por cento dos votos, e "divisas", em terceiro lugar, palavra que alcançou 18 por cento. 

Em 2016, quando se realizou a escolha da "Palavra do Ano" pela primeira vez, em Angola, a eleita foi "crise", que mobilizou 31 por cento dos votos.

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