Segundo uma informação da TAAG, enviada à Lusa, a medida resulta do "cumprimento do decreto presidencial, no que tange a redução das tarifas de passagem aérea na rota Luanda/Cabinda/Luanda", passando a viagem, de ida e volta, na classe económica, a custar 27.000 kwanzas, contra os anteriores 39.328 kwanzas.
A companhia estatal opera com 20 frequências semanais entre Luanda e Cabinda, que não tem qualquer ligação por terra ao restante território angolano, nomeadamente com três voos diários de Segunda-feira a Sábado e dois ao Domingo.
A empresa refere na mesma informação que "as tarifas das restantes rotas estarão sujeitas a flutuação cambial", sem adiantar mais pormenores sobre eventuais alterações.
A decisão de baixar a tarifa aérea para Cabinda foi tomada a 8 de Novembro, durante a reunião da comissão económica do conselho de ministros realizada em Cabinda, a primeira fora de Luanda desde a eleição, em Agosto, do Presidente João Lourenço.
O enclave de Cabinda tem apenas ligações aéreas de passageiros ao restante território, criando dificuldades no movimento e acesso a bens, estes também transportados por ligação marítima. A custo dos preços dos bilhetes da ligação aérea tem vindo a ser fortemente contestado localmente.
Na abertura da reunião em Cabinda, João Lourenço recordou que durante a campanha para as eleições gerais de 23 de Agosto último assumiu, na província, o compromisso de baixar o preço da tarifa área.
O enclave de Cabinda, que faz fronteira a norte com a República do Congo e a sul com a República Democrática do Congo, é responsável, no onshore e no offshore, por grande parte da produção nacional de petróleo, que ronda actualmente os 1,6 milhões de barris de crude por dia.