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Gastronomia

Crise colocou lambula nas ementas angolanas. Benefícios para a saúde esperam mantê-la

O ano de 2016 marcou a subida nos preços de quase todos os alimentos no país, até mesmo do peixe. No entanto, Luanda, como cidade marítima, onde sempre abundaram as várias espécies, passou a consumir cada vez mais o que os seus recursos têm para lhe oferecer.

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Conhecida na gíria como lambula, a sardinha era até aqui posta de lado, por ser um peixe com muitas espinhas, o que acabava por impor algumas dificuldades na hora da refeição. E foi aqui que a crise deu uma ajuda ao colocar de novo este peixe nas ementas luandenses. Os preços do carapau, da corvina, da espada, do cachucho e do cacusso dispararam, enquanto o da sardinha se manteve.

Assim, nos dias de hoje não há grelhador da capital que não tenha umas lambulas na grelha. As espinhas já não são incómodo. De acordo com as contas do Sapo, enquanto uma corvina média custa 2000 kwanzas, e quatro carapaus (também médios) chegam aos 2500 kwanzas, oito lambulas ficam-se pelos 500 kwanzas, ou até menos, tendo em conta a oferta.

Vários países, como Portugal, consideram a sardinha uma iguaria. O produto gastronómico é largamente apreciado, não só pelo seu sabor característico, como pelas propriedades nutricionais, ainda largamente desconhecidas em Angola.

A sardinha, como peixe gordo, saudável e nutritivo, é rica em proteína e ómega-3, sendo também uma importante fonte de cálcio. Selénio, fósforo e vitamina D são outros dos nutrientes que se encontram neste peixe, que além de reduzir o risco de doenças cardiovasculares e de Alzheimer, também ajuda a combater a depressão. 

A American Heart Association (AHA) recomenda mesmo a ingestão deste tipo de alimento pelo menos duas vezes por semana.

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