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Produtores querem reduzir quantidade para travar quebra no preço dos diamantes

O presidente do conselho de administração da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), Carlos Sumbula, garante que os países produtores diamantíferos estão a reduzir a quantidade de pedras preciosas no mercado para travar a quebra nos preços.

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"Em cooperação com todos os países produtores do mundo, estamos a reduzir a quantidade de diamantes no mercado para fazer com que a procura aumente e isso também aumentará o preço", apontou o administrador da estatal angolana.

Depois do petróleo, os diamantes são o principal produto de exportação de Angola, país que está entre os cinco principais produtores mundiais e que até ao final de 2015 liderou o Processo Kimberley (PK), entidade internacional que tenta travar o negócio dos 'diamantes de sangue'.

"Estamos a gerir a crise na área dos diamantes, criámos uma equipa internacional que vai fazer a publicidade dos diamantes em todo o mundo, a partir da cidade norte-americana de Las Vegas, com lançamento em Maio", anunciou ainda Sumbula, na sexta-feira à noite, em Luanda, nas comemorações dos 35 anos da estatal Endiama.

Angola atingiu em 2015 um novo recorde de produção de diamantes, com 8,837 milhões de quilates, o que rendeu ao país 1,1 mil milhões de dólares, mas reflectindo uma quebra de receitas de quase 200 milhões de euros devido à quebra na cotação.

"Apesar de estamos em crise na comercialização, podemos dizer que temos estado a gerir esta crise com bastante mestria, em colaboração com todos os outros países. Pensamos que no decorrer deste ano podemos inverter a situação [quebra nos preços]", disse o presidente do conselho de administração da Endiama, apontando a falta de publicidade dos diamantes a nível mundial como justificação para a "crise" actual.

Entre outros projectos, Carlos Sumbula anunciou que a primeira fase de produção da nova mina de diamantes do Luaxe, no interior norte de Angola, "o maior kimberlito" descoberto no país e que poderá duplicar a produção nacional, arranca "nos primeiros meses de 2018".

"Enquanto isso, vamos continuar com a nossa acção prospectiva, para identificarmos mais kimberlito no território nacional e com a nossa acção extractiva", apontou.

Juntamente com os restantes parceiros do contrato de investimento mineiro do Luaxe, a Endiama e os russos da Alrosa prevêem investir mil milhões de dólares naquela concessão, que poderá garantir uma produção anual de cerca de dez milhões de quilates.

A mina de Luaxe deverá representar reservas à volta de 350 milhões de quilates e conta com uma previsão de exploração de mais de 30 anos.

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