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Gastronomia

Pimm’s: o restaurante que condensa Portugal numa só sala

Casimiro Quintas saiu de Portugal há um quarto de século. Voou para Angola com o objectivo firme de abrir um restaurante já que em Portugal era muito difícil. Passou por momentos muito difíceis nos primeiros anos em que permaneceu no país africano. Mas a vontade de vencer, o amor que tem pela restauração fez com que conseguisse realizar o sonho que alimentou durante anos. Depois de ter trabalhado como chefe em outros restaurantes, abriu o próprio, o PIMM’S que foi considerado pelo Luanda Night Life “Restaurante do Ano 2014”. Um espaço que mostra o melhor da gastronomia portuguesa. Em entrevista, o empresário faz uma balanço dos 25 anos passados em terras africanas.

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Ainda muito jovem, com apenas 12 anos, Casimiro Quintas já ajudava a descascar batatas e a servir às mesas num restaurante de família em Viana do Castelo de onde é natural. Os anos foram passando e, depois da formação necessária, tornou-se chefe de cozinha do Twin’s, Porto. Mas a determinada altura da vida, há 25 anos atrás, decidiu abandonar o emprego “num país na altura bom para se viver” e emigrar para Angola “um país que estava em guerra para realizar o sonho de ter um restaurante já que em Portugal essa oportunidade era muito difícil de concretizar”. As malas foram feitas, as passagens para si e para a esposa foram compradas. Com o coração apertado mas cheio de esperança partiu. À procura do que ansiava.

“Na altura Angola, estava em guerra, e não era o país de oportunidades em que se tornou nos dias de hoje. Por isso, à chegada não abri logo as portas do estabelecimento. Primeiro trabalhei como funcionário em restaurantes. Tive algumas sociedades. Volvidos alguns anos, abri o PIMM’S, a 18 de Julho de 2000” – explica Casimiro ao VerAngola.

O estabelecimento foi colocado em funcionamento, em sociedade com uma portuguesa que hoje é a chefe de cozinha. “Trata-se de um restaurante tipicamente português onde a diferença dos demais estabelecimentos está na forma de atendimento ao cliente” – refere o empresário que não suporto ver um cliente de mão no ar. “Os funcionários são devidamente preparados para que quem está à mesa se sinta como em casa” – acrescenta.

O PIMM’S proporciona serviços de almoços e jantares à carta, para individuais e grupos. Disponibiliza uma selecção variada e requintada dos melhores vinhos, e champanhes do mundo. Proporciona sempre, um serviço personalizado num ambiente sofisticado, onde os pequenos detalhes são capazes de exceder expectativas. A harmonia entre as cozinhas tradicionais Portuguesa e Angolana, são o ponto de partida para uma gastronomia variada e rica em sabores.

O restaurante dispõe de duas salas, uma das quais decorada com objectos que lembram Portugal de Norte a Sul, com 80 lugares apoiadas por um bar e uma esplanada. Os dois espaços, oferecem uma versatilidade que permite ao cliente reservar uma sala para o seu próprio evento (mínimo 20 pessoas). Conta ainda com uma equipa profissionalizada, proactiva, criativa e dinâmica, capaz de dar resposta aos desafios propostos por aqueles que lhes são realmente importantes – os clientes.

Casimiro Quintas administra uma equipa de quase 40 funcionários. A esmagadora maioria dos quais angolanos a quem ministra formação. Dessa formação faz parte, sobretudo, a forma como devem ser tratados os clientes que o empresário faz questão que se sintam como em casa.

Ao fim de quase 15 anos de serviço, Casimiro Quintas, recorda com satisfação e orgulho as dificuldades por que passou para poder mostrar, do outro lado do Atlântico, o melhor da gastronomia portuguesa. “No início era preciso inventar um pouco porque faltava a carne, o peixe e os legumes. Mas agora, não é preciso porque existe quase tudo para se oferecer ao cliente, português, angolano ou de outra nacionalidade, o melhor de Portugal” – afirma o empresário dando nota de que o que não existe é adquirido por si, em Portugal, nas viagens que faz a Portugal duas vezes por ano.

Casimiro Quintas tem sido convidado para muitas outras sociedades. Mas não quer tal como não tem em mente abrir outros estabelecimentos do género em Angola. “Prefiro ter um mas muito bom do que muitos e muito maus” – explica ao VerAngola a quem conta que também tem sociedade numa padaria/pastelaria baptizada de “ A Vouzelense”.

“Não me meti no sector da restauração sem primeiro aprofundar muito bem o que era ter um negócio nesta área. Mas há quem o faça e depois nada dá certo” – acrescenta o homem para quem “ter o Restaurante do Ano 2014 é nada mais nada menos do que o reconhecimento de uma vida de dedicação, trabalho e sacrificio” .

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