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BMI: liberalização das telecomunicações é positiva mas exige investimento

A consultora BMI Research considera que a abertura do mercado das telecomunicações angolano a um novo operador é positiva porque traz mais concorrência, mas alerta que a entrada obrigará a um avultado investimento inicial, limitando o interesse.

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"Entrar no mercado angolano vai obrigar a um investimento extenso; consequentemente, acreditamos que só os operadores já estabelecidos e com financiamento robusto e uma marca já existe, como a Viettel, Orange ou Vodafone, podem ter sucesso, mas a insistência do Governo em manter parte da Angola Telecom vai limitar o interesse dos operadores mais comerciais", escrevem os analistas.

Num comentário ao anúncio governamental, a que a Lusa teve acesso, a consultora do grupo Fitch escreve que "esta iniciativa é positiva para o mercado das telecomunicações, já que as subscrições de comunicações móveis e fixas cresceram pouco nos últimos anos".

O mercado nacional é dividido entre a Unitel, com 73 por cento da quota de mercado, e a Movicel, com 27 por cento, "o que trouxe consequências negativas para a inovação e a escolha dos consumidores", mas a taxa de penetração móvel ligeiramente abaixo dos 50 por cento "traz um considerável crescimento potencial para a Angola Telecom e para o quarto operador".

O Governo lançou no final de Novembro o concurso público internacional para um quarto operador de telecomunicações, incluindo a rede fixa, móvel e de televisão por subscrição, com a apresentação de propostas a decorrer até 27 de Fevereiro de 2018.

De acordo com o edital do concurso, publicado pelo Ministério das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação de Angola, este procedimento será conduzido pelo Instituto Angolano das Comunicações (Inacom) e visa a concessão de mais um serviço público de comunicações electrónicas de âmbito nacional.

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