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“Exoneração”, “candongueiro”, “maka” e “mudança” finalistas da Palavra do Ano 2017

As recentes eleições gerais e os primeiros atos do Presidente da República João Lourenço marcam a selecção das dez palavras finalistas para a “Palavra do Ano”, no nosso país, a escolher entre esta Segunda-feira e 31 de Dezembro.

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A lista, divulgada pela Plural Editores, que organiza a iniciativa com o apoio do Camões Instituto, inclui termos como “barragem”, “candongueiro” e “maka”. A votação decorre no site www.palavradoano.co.ao.

As eleições gerais de 23 de Agosto passado registaram mais de sete milhões de votos, resultaram na vitória do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e na eleição do Presidente da República João Lourenço, daí a escolha do termo “eleições” para votação. “Exoneração” é outro termo finalista, ligado à política aplicada pelo actual Presidente.

“Mudança” é outro dos termos escolhidos, relacionados com a vida política do país, desde o acto eleitoral. João Lourenço sucede a José Eduardo dos Santos, que ocupou a presidência de Angola durante 40 anos, desde a morte do primeiro chefe de Estado após a independência, Agostinho Neto (1922-1979).

Por ordem alfabética, a primeira palavra à escolha é “barragem”, que tem origem na inauguração da barragem hidroeléctrica de Laúca, “considerada a maior obra de engenharia civil de sempre em Angola, tida como a segunda maior barragem de África”, afirma a Plural Editores (PE), em comunicado enviado à agência Lusa.

A segunda palavra da lista é “candongueiro”, nome dado “ao meio de transporte mais utilizado em Angola, o popular veículo de passageiros, geralmente pintado de branco e azul”.

“Divisas” é o terceiro vocábulo, escolhido devido à “conjuntura de crise económica, que levou a uma quebra na entrada de divisas no país, o que causou limitações no acesso a moeda estrangeira e dificultou as importações”.

“Kaluanda” é outra vocábulo seleccionado, um “termo que se tornou comum e é usado para designar algo ou alguém que é originário de Luanda”.

“Maka”, outra palavra que faz parte da lista a votação, é frequentemente usada em expressões como “não há maka” ou “não tem maka”, para "descrever situações de fácil resolução". "Maka", que significa conflito ou discórdia, é uma palavra que tem origem no kimbundu, dialecto falado em várias partes de Angola, nomeadamente no noroeste, que inclui a capital.

Outro vocábulo escolhido é “micha”, “termo informal é muito utilizado para ‘facilitar’ alguns negócios, quando a 'micha' é oferecida a alguém, em troca de um favor ou benefício”.

O último termo seleccionado para votação é “professor”. “O descontentamento dos professores, demonstrado através de várias greves e manifestações ao longo do ano, será alvo de atenção especial pela nova ministra da Educação, Maria Cândida Teixeira, de forma a aumentar a capacitação dos docentes e o nível do sistema de ensino”.

A palavra escolhida será conhecida no início de Janeiro, em data a anunciar.

No ano passado, quando se realizou a escolha da "Palavra do Ano" se realizou pela primeira vez em Angola, a eleita foi "crise", tendo mobilizado 31 por cento dos votos.

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