O Presidente da República discursava esta Quarta-feira na sessão de encerramento de um seminário de capacitação de quadros do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) sobre "Os Tipos de Crimes a que Estão Sujeitos os Titulares de Cargos Públicos", promovido pelo grupo parlamentar daquela força política.
O chefe de Estado, que discursava na qualidade de vice-Presidente do MPLA, disse que têm surgido investimentos estrangeiros privados para diferentes ramos da economia nacional, com destaque para "as mais de 15 ofertas de refinarias de petróleo após a tomada de posse do novo conselho de administração da Sonangol".
O assunto veio a propósito quando focou os esforços do Governo para remover factores inibidores do investimento privado estrangeiro, salientando que as expectativas são boas e encorajadoras".
Em Novembro, por altura da tomada de posse da nova administração da petrolífera estatal, João Lourenço avisou sobre a necessidade de se construir uma refinaria no país, para reduzir as importações de combustíveis, depois da suspensão do projecto para o Lobito pela direcção de Isabel dos Santos.
Embora sem se referir directamente à construção de uma refinaria no Lobito, o chefe de Estado afirmou que "tão logo quanto possível" o país deve "poder contar com uma ou mais refinarias".
Actualmente, a Sonangol mantém em operação a refinaria de Luanda, com 62 anos de actividade e uma capacidade nominal instalada de 65.000 barris por dia e Angola importa mensalmente cerca de 150 milhões de dólares em combustíveis refinados, fornecimento que está a ser dificultado por falta de divisas, atrasando pagamentos por parte da petrolífera, que reconheceu igualmente produzir apenas 20 por cento do consumo total de produtos refinados.