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BNI financia Estado na compra de equipamentos agrícolas no valor de 45 milhões

O Banco de Negócios Internacional (BNI) vai financiar, com mais de 45 milhões de dólares, um programa do Governo para apoio à aquisição e afectação de meios e equipamentos agrícolas para o ano agrícola 2017/2018.

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A informação consta de um despacho presidencial de 7 de Dezembro, ao qual a Lusa teve acesso, autorizando o acordo de financiamento entre o Ministério das Finançase o BNI, no valor global de 7571 milhões de kwanzas (45,4 milhões de dólares).

"Havendo necessidade de se implementar projectos integrados no Programa de Investimento Público, atendendo à necessidade de se dinamizar o desenvolvimento económico e social do país, através do impulsionamento da agricultura", justifica o documento, assinado pelo Presidente João Lourenço.

A Lusa noticiou em Novembro que o Governo está a estudar a possibilidade de introduzir a obrigatoriedade de as companhias seguradoras alocarem às respectivas carteiras uma percentagem mínima para o seguro agrícola, como forma de promover o desenvolvimento do sector.

Trata-se de uma das medidas que visam o aumento da produção não petrolífera constantes do plano intercalar do Governo a seis meses, para melhorar a economia nacional, e cuja concretização deverá acontecer até ao primeiro trimestre de 2018.

No documento, o Governo estima um crescimento da Agricultura numa taxa de 5,9 por cento durante o ano de 2018, prevendo "uma aposta forte nas principais fileiras", como cereais, leguminosas e oleaginosas, raízes e tubérculos, carne, café, palmar e mel. "Que, em grande parte, estão directamente ligadas à dieta alimentar das populações do nosso país", lê-se no plano do Governo, a implementar até Março.

O objectivo é potenciar os sectores não petrolíferos, para aumentar a receita fiscal e o rendimento angolano, tendo a Agricultura como um dos pilares.

Para o efeito, além das medidas para massificar o acesso ao seguro agrícola, o Governo assume o objectivo de "acelerar a implementação do Programa de Produção de Sementes", visando a utilização de sementes de "elevada qualidade", como forma de "melhorar a produtividade agrícola das culturas", mas também "rever todo o sistema de gestão e infraestrutura de irrigação", para "optimizar o seu rendimento".

Em 2018, o Governo quer dinamizar as culturas privadas do algodão, cana-de-açúcar, girassol, café, palma e cacau, "promovendo a sua articulação com o sector industrial", bem como "rever o sistema de gestão e redimensionar as actividades produtivas das fazendas de média e grande escala".

"O sector prevê também um maior dinamismo no ramo da agricultura empresarial, com o surgimento de novas explorações e fazendas de média e larga escala", aponta ainda o plano intercalar do Governo a seis meses.

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