"O principal teste para João Lourenço será em 2022, nas próximas eleições, para se ver se conseguiu melhorar a economia angolana e parar o declínio do apoio ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA)", disse Alex Vines em entrevista à Lusa.
O director de Estudos Regionais e Segurança Internacional na Chatham House, o Instituto Real de Estudos Internacionais, salienta que "para realmente estar seguro, o Presidente vai ter de mostrar que pode aumentar a maioria do MPLA", e isto é, assim, "o seu principal objectivo".
O analista da Chatham House especializado em questões africanas, nomeadamente na análise política e económica em Angola e Moçambique, antevê que "os próximos passos de João Lourenço vão ser ver o resultado destas reformas, restaurar a confiança internacional em Angola e atrair novos investimentos".
Depois da onda de exonerações que tem sido levada a cabo nos últimos dias, "João Lourenço também está a tentar consolidar o poder, tornando-se presidente do MPLA", acrescenta Alex Vines.
General na reserva, João Lourenço, de 62 anos, tornou-se em Setembro no terceiro Presidente da República de Angola, sucedendo a José Eduardo dos Santos, que continua a liderar o MPLA, partido no poder desde a independência, em 1975.