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Economia

Missão do FMI reconhece recuperação económica em Angola

O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Angola, Ricardo Velloso, admitiu que o país regista "uma pequena recuperação" económica em 2017, mas alertou para os "desequilíbrios macroeconómicos substanciais" que ainda se verificam.

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A posição consta do comunicado final da missão do fundo que esteve em Luanda desde 6 de Novembro, em trabalhos preparatórios para a missão de consulta ao abrigo do Artigo IV, prevista para o início de 2018.

"A economia angolana tem observado uma pequena recuperação ao longo do presente ano, mas continuam a existir desequilíbrios macroeconómicos substanciais", apontou o economista brasileiro Ricardo Velloso, com a missão do fundo a estimar um crescimento económico para Angola de 1,1 por cento em 2017.

No entanto, o FMI alerta que a inflação em Angola "continua alta", tendo atingido, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), os 26 por cento em Outubro (a 12 meses).

Além disso, "apesar do aumento das vendas de divisas" pelo Banco Nacional de Angola, que reduziram as reservas internacionais líquidas para 14,9 mil milhões de dólares, "o diferencial entre as taxas de câmbio do mercado paralelo e do mercado oficial continua a ser muito grande, existindo ainda uma lista de espera de pedidos de compra de divisas nos bancos comerciais".

A missão do FMI em Angola manteve ainda discussões preliminares relativas às políticas económicas e planos de reforma previstos pelo novo Governo, para fazer face aos desequilíbrios macroeconómicos e melhorar as perspectivas de crescimento, contidas no plano intercalar a seis meses, a implementar até Março.

"Os desequilíbrios macroeconómicos devem ser atacados com determinação (...) O plano intercalar está adequadamente centrado nos objectivos de intensificar os esforços de consolidação orçamental, introduzir maior flexibilidade da taxa de câmbio, e melhorar a governação e o ambiente de negócios, de modo a promover um crescimento mais rápido e inclusivo e a diversificação económica", concluiu Ricardo Velloso, no fecho da visita de 10 dias.

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