Beto Bianchi foi apresentado como seleccionador nacional de futebol em Março último, com o objectivo traçado de recuperar a mística dos ‘palancas negras’, mas mantendo-se como treinador do Petro de Luanda.
A equipa da capital lutou até à penúltima jornada pelo título de campeão nacional de futebol, que perdeu para o eterno rival 1.º de Agosto. A desforra dos ‘petrolíferos’ aconteceu a 11 de Novembro, na final da Taça de Angola, em que derrotou o 1.º de Agosto por 2-1, arrecadando a 11.ª taça da sua história e o primeiro título em Angola para Beto Bianchi.
O agora ex-seleccionador justificou a saída com a necessidade de se envolver na preparação da próxima época do Petro de Luanda, que em 2018 vai disputar as competições africanas de futebol.
A direcção do clube também confirmou a saída, num comunicado a que a Lusa teve acesso, sobre o balanço da época desportiva: "Cabe-nos aqui, publicamente informar que a nossa equipa técnica não irá conduzir os destinos da selecção nacional na fase final do CHAN [no início de 2018, competição africana apenas para atletas que actuam nas competições internas] e termina deste modo o apoio que até ao momento a mesma deu a Federação Angolana de Futebol".
Beto Bianchi, de 50 anos, levou o Petro de Luanda ao segundo lugar do Girabola em 2016 e 2017, depois de já ter passado, como técnico, por clubes no Brasil, Espanha, Bélgica, China, Indonésia e Jordânia.
A selecção nacional de futebol continua mergulhada numa profunda crise de resultados, apesar de já ter marcado presença numa fase final do mundial e, por sete vezes, em fases finais da Taça das Nações Africanas (CAN). Contudo falhou consecutivamente as últimas qualificações, para as edições de 2015 e de 2017, e figurava no final do ano passado no número 143 do ranking da FIFA.
"Pretendo colocar Angola no lugar em que merece, não na situação actual", disse, em Março, o então seleccionador nacional, Beto Bianchi, garantindo que iria assegurar a fase de qualificação para o CAN dos Camarões, em 2019.
