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Maior banco do país prevê retomar concessão de crédito até Março

O presidente do conselho de administração do Banco de Poupança e Crédito (BPC) disse Segunda-feira, em Luanda, que prevê retomar a concessão de crédito até Março, no âmbito do programa de revitalização daquela instituição bancária.

Ampe Rogério:

Alcides Safeca, anterior secretário de Estado do Orçamento e empossado no cargo na Sexta-feira, falava à imprensa na Segunda-feira no fim da posse de Fernando Heitor como administrador executivo do BPC.

O presidente do conselho de administração do maior banco angolano referiu que estão igualmente a ser aplicadas medidas que visam aumentar a capacidade operacional do BPC.

Relativamente ao saneamento da carteira de crédito, Alcides Safeca explicou que estão a decorrer neste momento negociações com os credores para a sua recuperação, sublinhando que este processo "está a decorrer bem".

Contudo, anunciou que o banco deverá retomar a concessão de crédito aos clientes no primeiro trimestre de 2018.

O ministro das Finanças exortou na Sexta-feira o novo presidente do conselho de administração do BPC a acelerar o saneamento da instituição, desinvestindo em áreas fora da banca.

A posição foi assumida por Archer Mangueira durante a cerimónia de posse de Alcides Safeca como novo líder do BPC, o quarto presidente do conselho de administração que o banco conhece desde Outubro de 2016.

"O BPC deve dar continuidade ao seu processo de reestruturação e saneamento. Enquanto banco público nacional, deve ser o principal agente do Estado em matéria financeira. Deve estar dotado de ferramentas e capacidades adequadas, ao nível da governação, da organização e da conformidade", apontou Archer Mangueira.

Defendeu que o novo conselho de administração - após a saída de Ricardo Viegas d'Abreu, anterior presidente do banco, para o cargo de secretário para os Assuntos Económicos do Presidente da República - "deve dar celeridade às medidas de saneamento" do BPC, destacando "a revisão da estrutura de despesa".

"Procedendo à reversão nas despesas com contratos, à redução das despesas fixas e ao desinvestimento em áreas ‘não core’. Todas as situações negativas devem ser saneadas", disse Archer Mangueira.

Daquele banco, o maior em Angola, o ministro das Finanças disse esperar que seja "um parceiro principal em programas específicos do Estado", mas também "na angariação de financiamentos para o investimento em infra-estruturas, na potenciação do tecido empresarial privado nacional e na massificação do acesso à banca".

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